Astro de primeira grandeza do tock dos nos 80, Richard Court ficaria conhecido coo Ritchie e celebra meio século de Brasil e 40 anos do lançamento do álbum “Voo de Coração”, que contém co megahit “Menina Veneno”.
"Ele é inglês? Mas ele fala como se você um carioca", constata, abismada, a garota quase adolescente que curtiu demais a canção cantada no programa de auditório da TV Globo "Altas Horas".
Redescoberto por toda uma geração de jovens que está aprendendo a valorizar o passado, o cantor inglês saboreia o período de "celebridade" até mesmo na sua Inglaterra natal, onde estampou uma reportagem de página inteira no importante jornal "The Guardian". Um rock estar britânico que é cultuado no Brasil cantando em português, e que conversou novamente com o Combate Rock.
Show com casas lotadas e público jovem cantando suas músicas. Até que ponto isso é surpreendente?
É ótimo perceber a boa acolhida hoje de músicas lançadas há 40 anos. É um atestado de qualidade das canções e da importância da mensagem. O interesse renovado por artistas daquela época e pelas músicas que se tornaram emblemáticas não é só nostalgia, é o resgate de algo marcante na cultura brasileira.
Por que essas músicas ainda têm apelo depois de quatro décadas?
Creio que foi o surgimento de algo diferente em uma época em que as pessoas ansiavam por mudanças. Era o fim da ditadura militar e estava nascendo uma cultura que olhava o jovem coo uma pessoa que tinha necessidades e que queria ser ouvido, queria consumir. Os anos 80 no Brasil foram os nos 60 na Inglaterra, e as músicas do período retratavam essas mudanças; Era uma coisa diferente, as músicas eram mais diretas e falavam, para o jovem. Eram crônicas, como “Menina Veneno”, algo que fugia das metáforas que eram o padrão da MPB. Era uma linguagem mais nova, além dos temas serem atemporais e universais. Esse ambiente ainda provoca curiosidade e atração por conta de ter sido de grande efervescência cultural.
E como você relaciona esse período cultural com o que busca o púbico da atualidade?
A realidade em que o rock nacional dos anos 80 surgiu era fascinante porque era tudo novo. Saí da Inglaterra ara fazer música porque lá estava tudo saturado, não havia perspectiva de crescimento. Aqui havia um cenário cultura a se definir, mesmo com a força da MPB. Percebi que havia espaço para crescimento e para criar coisas novas. Eu acertei e a geração dos anos 80 criou coisas novas, foi um março cultural e social. Tudo conspirava para o surgimento de coisas importantes depois de anos de censura. Isso ainda é fascinante e atrai um interesse grande. As canções dos anos 80, em sua maioria, são atemporais e não envelhecem. Foi um momento único na cultua brasileira, que mudava rapidamente com os novos ares políticos e social. Tudo conspirou favoravelmente, a juventude começou a ser valorizada como público a ser observado e ouvido e muitos artistas talentosos surgiram; E a prova de que as músicas tinham qualidade é o interesse atual por essas canções
Você está lançando uma versão de “Ando Meio Desligado”, dos Mutantes. Ela sintetiza, de alguma forma, a sua trajetória no Brasil?
É uma homenagem a Rita Lee, Se não fosse por ela, não teria vindo ao Brasil e minha vida seria completamente diferente. Ela me hospedou em São Paulo, em sua casa na Serra da Cantareira, me ajudou a formar uma banda. Foi a minha “fada madrinha”. Também serve para mostrar como os Mutamtes era ótimos e como essa canção é um exemplo de como as coisas boas são duradouras. Rita foi a primeira brasileira que eu conheci em Londres, em 1972, quando ela apareceu no estúdio onde eu estava gravando flauta no disco de uma banda londrina. Ficamos amigos logo de cara, ajudei ela a escolher sua primeira flauta transversal e ela, por sua vez, me mostrou pela primeira vez, 'Ando Meio Desligado', um hit dos Mutantes Arrisco acrescentar que, não fosse pelo encontro fortuito com Rita, eu talvez jamais teria pisado em solo brasileiro. Os Mutantes me hospedaram na casa deles na Serra da Cantareira, em São Paulo. Rita, Arnaldo e Sérgio me ajudaram a formar minha primeira banda brasileira, Scaladácida, naquele mesmo ano.
É ótimo perceber a boa acolhida hoje de músicas lançadas há 40 anos. É um atestado de qualidade das canções e da importância da mensagem. O interesse renovado por artistas daquela época e pelas músicas que se tornaram emblemáticas não é só nostalgia, é o resgate de algo marcante na cultura brasileira.
Por que essas músicas ainda têm apelo depois de quatro décadas?
Creio que foi o surgimento de algo diferente em uma época em que as pessoas ansiavam por mudanças. Era o fim da ditadura militar e estava nascendo uma cultura que olhava o jovem coo uma pessoa que tinha necessidades e que queria ser ouvido, queria consumir. Os anos 80 no Brasil foram os nos 60 na Inglaterra, e as músicas do período retratavam essas mudanças; Era uma coisa diferente, as músicas eram mais diretas e falavam, para o jovem. Eram crônicas, como “Menina Veneno”, algo que fugia das metáforas que eram o padrão da MPB. Era uma linguagem mais nova, além dos temas serem atemporais e universais. Esse ambiente ainda provoca curiosidade e atração por conta de ter sido de grande efervescência cultural.
E como você relaciona esse período cultural com o que busca o púbico da atualidade?
A realidade em que o rock nacional dos anos 80 surgiu era fascinante porque era tudo novo. Saí da Inglaterra ara fazer música porque lá estava tudo saturado, não havia perspectiva de crescimento. Aqui havia um cenário cultura a se definir, mesmo com a força da MPB. Percebi que havia espaço para crescimento e para criar coisas novas. Eu acertei e a geração dos anos 80 criou coisas novas, foi um março cultural e social. Tudo conspirava para o surgimento de coisas importantes depois de anos de censura. Isso ainda é fascinante e atrai um interesse grande. As canções dos anos 80, em sua maioria, são atemporais e não envelhecem. Foi um momento único na cultua brasileira, que mudava rapidamente com os novos ares políticos e social. Tudo conspirou favoravelmente, a juventude começou a ser valorizada como público a ser observado e ouvido e muitos artistas talentosos surgiram; E a prova de que as músicas tinham qualidade é o interesse atual por essas canções
Você está lançando uma versão de “Ando Meio Desligado”, dos Mutantes. Ela sintetiza, de alguma forma, a sua trajetória no Brasil?
É uma homenagem a Rita Lee, Se não fosse por ela, não teria vindo ao Brasil e minha vida seria completamente diferente. Ela me hospedou em São Paulo, em sua casa na Serra da Cantareira, me ajudou a formar uma banda. Foi a minha “fada madrinha”. Também serve para mostrar como os Mutamtes era ótimos e como essa canção é um exemplo de como as coisas boas são duradouras. Rita foi a primeira brasileira que eu conheci em Londres, em 1972, quando ela apareceu no estúdio onde eu estava gravando flauta no disco de uma banda londrina. Ficamos amigos logo de cara, ajudei ela a escolher sua primeira flauta transversal e ela, por sua vez, me mostrou pela primeira vez, 'Ando Meio Desligado', um hit dos Mutantes Arrisco acrescentar que, não fosse pelo encontro fortuito com Rita, eu talvez jamais teria pisado em solo brasileiro. Os Mutantes me hospedaram na casa deles na Serra da Cantareira, em São Paulo. Rita, Arnaldo e Sérgio me ajudaram a formar minha primeira banda brasileira, Scaladácida, naquele mesmo ano.
O seu processo de composição e criação mudou com os anos?
Às vezes é uma gestação de anos. Às vezes é porque elas possuem linhas melódicas ou palavras ainda a serem desvendadas. 'Saudade Sem Paisagem'(Ela Jamais Virá)' é uma dessas. A harmonia e melodia principal surgiram pela primeira vez na minha cabeça em 2009. A letra foi logo encomendada ao querido parceiro e poeta Fausto Nilo, mas o arranjo musical não ficou pronto a tempo para a gravação do meu DVD daquele mesmo
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