Haroldo Nestor - especial para o Combate Rock
A grande atração do Summer Breeze Brasil transformou o Memorial da América Latina, em São Paulo, em um imenso tempo de adoradores do oculto e da escuridão. Esqueça essa história de satanismo: o Mercyful fate faz o legítimo heavy metal tradicional clamando pelo obscuro, mas sempre querendo dominar a sua alma.
O grupo dinamarquês celebrou 40 anos de carreira em grande estilo, com uma apresentação teatral e mostrando um peso absurdo. King Diamond abriu os portões do inferno e libertou todas as criaturas bestiais. Foi libertador.
Com uma discografia enxuta, quase tudo o que banda toca é clássico. O vocalista King Diamond nem parece ter saído de complicadas situações de saúde, com direito m ataque cardíaco anos atrás. Recuperado, foi o sacerdote da missa negra tão esperada por todos.
Foi mágico curtir as trevas de "The Oath", "Black Funeral", a apavorante "Melissa" e o hino "Come o the Sabbath". Foi um show curto, mas recompensador. Nunca as trevas soaram tão imponentes nestas terras.
Mercyful fate brilhou, como era desejado e esperado, ms as bandas brasileiras também. Ratos e Porão, cada vez mais metal, destilou a sua pancadaria sem dó, em um show político e engajado - ainda bem¹ Os temas do último álbum, "Necropolítica", caíram bem em um festival.
Torture Squad foi demolidor, com a vocalista Mayara Puertas mostrando porque é a referência vocal extrema no Brasil. Foi um show com uma tonelada de peso, assim como Troops of Doom, ainda mais extremo e furioso destilando um death metal técnico e contundente.. Axty também foi bem. Johnwayne e Hellish War mostraram boas perspectivas, mas mais do mesmo
Entre as atrações internacionais, quem agitou bem foi o Killswich Engage, com seu show moderno e movido a marretadas sonoras. na verdade, é moderno demais, mas bem de acordo com uma geração de apreciadores de som pesado que surgiu no fim dos anos 2009 e 2010.
A velha guarda se contentou com o Amorphis, da Finlândia, que não é mis tão pesado quanto era no começo de carreira, e com a lenda Overkill, que faz um thrash etal de verdade, sem firulas e típico o anos 80. Que delicia ver a banda de Bobby "Blitz" Ellsworth resgatar os anos dourados...
E teve o maravilhoso Anthrax, mais uma lenda quarentona que decidiu mostrar quem era que mandava ali. A sequência de clássicos foi matadora e Dan Lilker, o baixista que substituiu temporariamente Frank Bello, esteve à altura da tarefa. Não tem como um show do Anthra ser ruim com "Among the Living", 'Caught in a Mosh", "Indians", "massacre", "I Am the Law", "in the End"...
Os suecos do Eclipse se esforçaram para chamar a atenção com seu som progressivo e hard, . grandes resultados, da mesma forma que o pouco conhecido do brasileiros
O show teatral dos finlandeses do Battle Beast agradou mais, principalmente pela excelente vocalista Noora Louhimo, que nada deve às divas que cantaram no dia anterior.
Entre as bandas extremas, o Carcass foi visceral e explosivo, mas parte do público pareceu não ter compreendido. Mas eles não ligaram fizeram um grande show.
Foi um grande festival, onde quase tudo deu certo e os principais shows foram maravilhosos. Qual foi o melhor dia? Ouso dizer que foi o terceiro.
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