Marcelo Moreira
Mike Portnoy (FOTO: DVULGAÇÃO)
Tivemos o privilégio de presenciar a passagem de uma banda importante que passou por mudanças importantes neste ano de 2024. O Dream Theater reapresentou o baterista Mike Portnoy, fundador que saiu em 2010 e que retornou em 2023, que operou uma transformação inquietante e interessante no grupo.
Sorridente e entusiasmado, o baterista deu novo impulso a uma banda acomodada e retomou a ideia de se tornar uma usina criativa, seja coo instrumentista ou como compositor. Entre as ideias fervilhantes que podem aparecer está o resgate do álbum da banda que nunca foi lançado.
“12 Step Suite” é uma boa ideia que foi diluída ao longo de anos e cinco álbuns do Dream Theater que pretensiosa na medida certa. Densa e dramática como raramente podemos observar no rock.
São cinco canções de longa duração em que Portnoy se expõe de forma dura e, também de forma rara no gênero musical. Ao contar se mergulho no inferno do alcoolismo e sua reabilitação, ousou fazer arte sobre um tem pessoal e passional. Contou em detalhes sua luta e, com delicadeza e criatividade, deu uma contribuição relevante sobre o tema.
O músico sempre desconversou, mas ele pretendia apresentar o projeto de editar “12 Step Suite” como um álbum do grupo
Antes de sua rumorosa saída em 2010. Sem muito alarde, está dando indícios de que resgatará essa iniciativa.
Anos atrás, entre um projeto e outro sob sua liderança, ele encarou sua única iniciativa solo, a banda Mike Portnoy’s Shattered Fortess, que teve rápida passagem pelo Brasil em 2017. A base da apresentação era “12 Step Suite”, que é a sua visão pessoal dos 12 passos para empreender na luta contra o alcoolismo.
A suíte é integrada por cinco músicas que se completam, mas que foram editaras em álbuns diferentes da banda. Em conjunto, elas foram um mosaico poderosos e bem elaborado. As canções são “The Glass Prison”, “This Dying Soul”, “The Root of All Evil”.”Repentance” e ”The Shattered Fortress”.
Em uma banda excelente e de alto nível como o Dream Theater, é difícil falar sobre as melhores coisas já lançadas, mas essas cinco peças musicais certamente estão entre as melhores.
Críticos mais duros da banda questionam a conveniência de se voltar a esse tema a uma iniciativa que remonta ao começo do século – além do mais, os próprios fãs podem, por meio de arquivos mp3, montar o seu próprio álbum “12 Step Suite”. Mas essa não é a questão.
Um trabalho editado sob a marca Dream Theater, como se fosse um produto novo, ainda que de “arquivo”, ganha um peso enorme. Pode ter importância ainda maior se integrar algum tipo d e campanha ou iniciativa de conscientização a respeito dos perigos d alcoolismo.
Mesmo diluído por cinco álbuns, “12 Step Suite” é um trabalho de ótima qualidade que merece um tratamento diferenciado e com destaque. Com a volta de Portnoy ao Dream Theater, agora é agora.
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