Fotos: Cesar Fernandes
Reconheço que não tenho dado a atenção devida às atrações do palco São Pedro e da Casa do Jazz, espaço criado dentro da cidade do jazz em Costazul.
Justifico com a falta de tempo. Pra mim é impossível acompanhar todos os shows. Há 15 anos, quando comecei a acompanhar esse festival eu conseguia enganar a canseira. Hoje, já não.
Meu critério de seleção é sempre escolher as atrações que batem com meu gosto musical, o ineditismo e aquelas que, por serem de outro país, serão mais difíceis de assistir em outra ocasião.
Mas vou colar aqui os grupos que passaram pelo festival esse ano nos dois espaços. Na Casa do Jazz, Bruno Pirozzi, Banda Tangerine, Back2Blues, Xandão Tavares, Mamooth Band, Paiol Sonoro, Tango Revirado Trio, Kilometro 50 com a participação de StephanVidal e Reubes Pess Band. E no palco São Pedro, Robson Farah, Micha Devellard e Ska Jazz Favela.
Meu terceiro dia no festival começou no palco da Lagoa do Iriry com a Big Joe Manfra Blues Band e Deanna Bogart. Basicamente o mesmo show do dia anterior, no Costazul, mas sem o solo monstro do Cláudio Infante.
Quando anunciou "Love and Attention", a turba mandou o tradicional Fora Bolsonaro. Ela, sem entender o que significava aquela gritaria respondeu: “Espero que seja uma coisa boa”. Era sim Deanna, era o povo se manifestando.
O show teve ainda a participação do Jefferson Gonçalves e da Caru de Souza. No final foi pra galera e se consagrou como a artista mais carismática de 2022.
A chuva e o vento deram as caras em Rio das Ostras. Perdi o Hook Herrera do palco da Boca da Barra e o primeiro show do Costazul, Tony Gordon.
Estava cheio de expectativa quanto ao show do Roberto Fonseca, um cara que sou fã há mais de uma década. Não sei, acho que a apresentação poderia ter rendido mais.
O público resistiu bravamente na chuva e poderia ter ganhado um show mais quente de jazz cubano. Foi basicamente o mesmo que havia apresentado em Paraty uma semana antes. Só que em Paraty não choveu. Coube como uma luva.
Não me leve a mal, o pior show que Roberto Fonseca pode fazer, e não foi o caso, é muito melhor do que qualquer show de sertanejo bolsonarista. E falando nisso, vi muito cidadão de bem rebolando a jaca e cantando “De Cuba Yo Soy” em Kachucha.
Ida Nielsen fez o show debaixo de chuva e não é que a baixaria groovadora da branquela dinamarquesa fez a galera dançar a valer? Não conhecia nada do trabalho dela, mas achei que fez bem o que se propôs. Quem viria depois teria de se virar pra esquentar a massa debaixo dos guarda chuvas e capas de plástico.
E quem veio depois foi da banda que misturou samba, chorinho, jazz, axé e batucada em um só balaio. E justamente por isso cumpriu o papel histórico de abrir a porteira – no bom sentido, não aquele outro - para os brasileiros no prestigioso Montreux Jazz Festival, em 1978, ela mesma, A Cor do Som.
Com Armandinho Macedo (guitarra baiana e voz), Mu Carvalho (teclados e voz), Ari Dias (percussão e voz), Fernando Nunes (substituindo o Dadi no baixo) e, ele de novo, Cláudio Infante (substituindo o Gustavo Schroeter na bateria em cima da hora), A Cor do Som foi matador.
É impossível tocar todos os hits em um só show. São muitos e não dá tempo porque os caras solam adoidado.
A chuva parou e A Cor do Som já entrou ganhando de 1X0 com relação aos outros shows. Engataram uma instrumental logo de cara com solo de Armandinho - 2X0 – e ainda todos se revezando na cantoria ao longo de todo o show – 3X0.
Armandinho conversa o tempo inteiro com o público, mas não fica falando groselha, ele explica o que cada música representa para a banda, quem a compôs e o que representa – 4X0. Foi assim antes de Frutificar, tema clássico instrumental que nomeou o disco.
Alternando com as instrumentais, seguiram-se Zanzibar, Abri a Porta, Beleza Pura, Swingue Menina, Zero. O Ari completou a festa fazendo a galera cantar em dançar com Dentro da Minha Cabeça – 5X0.
Reconheço que não tenho dado a atenção devida às atrações do palco São Pedro e da Casa do Jazz, espaço criado dentro da cidade do jazz em Costazul.
Justifico com a falta de tempo. Pra mim é impossível acompanhar todos os shows. Há 15 anos, quando comecei a acompanhar esse festival eu conseguia enganar a canseira. Hoje, já não.
Meu critério de seleção é sempre escolher as atrações que batem com meu gosto musical, o ineditismo e aquelas que, por serem de outro país, serão mais difíceis de assistir em outra ocasião.
Mas vou colar aqui os grupos que passaram pelo festival esse ano nos dois espaços. Na Casa do Jazz, Bruno Pirozzi, Banda Tangerine, Back2Blues, Xandão Tavares, Mamooth Band, Paiol Sonoro, Tango Revirado Trio, Kilometro 50 com a participação de StephanVidal e Reubes Pess Band. E no palco São Pedro, Robson Farah, Micha Devellard e Ska Jazz Favela.
Meu terceiro dia no festival começou no palco da Lagoa do Iriry com a Big Joe Manfra Blues Band e Deanna Bogart. Basicamente o mesmo show do dia anterior, no Costazul, mas sem o solo monstro do Cláudio Infante.
A Deanna estava adorando ficar no Brasil todos esses dias e a proximidade com o público a fez ficar mais solta ainda. A plateia retribuiu a gentileza fazendo o show esquentou.
Quando anunciou "Love and Attention", a turba mandou o tradicional Fora Bolsonaro. Ela, sem entender o que significava aquela gritaria respondeu: “Espero que seja uma coisa boa”. Era sim Deanna, era o povo se manifestando.
O show teve ainda a participação do Jefferson Gonçalves e da Caru de Souza. No final foi pra galera e se consagrou como a artista mais carismática de 2022.
A chuva e o vento deram as caras em Rio das Ostras. Perdi o Hook Herrera do palco da Boca da Barra e o primeiro show do Costazul, Tony Gordon.
Estava cheio de expectativa quanto ao show do Roberto Fonseca, um cara que sou fã há mais de uma década. Não sei, acho que a apresentação poderia ter rendido mais.
O público resistiu bravamente na chuva e poderia ter ganhado um show mais quente de jazz cubano. Foi basicamente o mesmo que havia apresentado em Paraty uma semana antes. Só que em Paraty não choveu. Coube como uma luva.
Não me leve a mal, o pior show que Roberto Fonseca pode fazer, e não foi o caso, é muito melhor do que qualquer show de sertanejo bolsonarista. E falando nisso, vi muito cidadão de bem rebolando a jaca e cantando “De Cuba Yo Soy” em Kachucha.
Ida Nielsen fez o show debaixo de chuva e não é que a baixaria groovadora da branquela dinamarquesa fez a galera dançar a valer? Não conhecia nada do trabalho dela, mas achei que fez bem o que se propôs. Quem viria depois teria de se virar pra esquentar a massa debaixo dos guarda chuvas e capas de plástico.
E quem veio depois foi da banda que misturou samba, chorinho, jazz, axé e batucada em um só balaio. E justamente por isso cumpriu o papel histórico de abrir a porteira – no bom sentido, não aquele outro - para os brasileiros no prestigioso Montreux Jazz Festival, em 1978, ela mesma, A Cor do Som.
Com Armandinho Macedo (guitarra baiana e voz), Mu Carvalho (teclados e voz), Ari Dias (percussão e voz), Fernando Nunes (substituindo o Dadi no baixo) e, ele de novo, Cláudio Infante (substituindo o Gustavo Schroeter na bateria em cima da hora), A Cor do Som foi matador.
É impossível tocar todos os hits em um só show. São muitos e não dá tempo porque os caras solam adoidado.
A chuva parou e A Cor do Som já entrou ganhando de 1X0 com relação aos outros shows. Engataram uma instrumental logo de cara com solo de Armandinho - 2X0 – e ainda todos se revezando na cantoria ao longo de todo o show – 3X0.
Armandinho conversa o tempo inteiro com o público, mas não fica falando groselha, ele explica o que cada música representa para a banda, quem a compôs e o que representa – 4X0. Foi assim antes de Frutificar, tema clássico instrumental que nomeou o disco.
Alternando com as instrumentais, seguiram-se Zanzibar, Abri a Porta, Beleza Pura, Swingue Menina, Zero. O Ari completou a festa fazendo a galera cantar em dançar com Dentro da Minha Cabeça – 5X0.
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