quinta-feira, 21 de julho de 2022

Braia traz todos os seus mundos para São Paulo

Foi no meio da pandemia de covid-19 que surgiu uma das primeiras luzes ao fim do tenebroso túnel. Na improvável Varginha, no sul de Mina Gerais, um grupo de malucos que venera a música irlandesa decidiu que era hora de mudar o rumo das coisas e retomar a fusão entre o mundo celta e a música brasileira de raiz.

Braia tinha surgido em 2006 e surpreendido a todos, mas o projeto principal, Tuatha de Danann, heavy metal mineiro cm tempero irlandês e galês, tomava a maior parte do tempo. Foi necessário parar tudi por causa da pandemia para que Braia ressurgisse.

Braia pode ser considerado um acrônimo de Bruno Maia, cantor e multi-instrumentista que fundou o Tuatha e é o mentor do combo instrumental que realiza a inusitada fusão de estilos. A temporada longa que passou na Irlanda marcou-o de tal forma que o tornou a maior referência da música celta no Brasil.

O segundo disco do Braia, "...e o Mundo de Cá", foi lançado em 2021 e iluminou nossos caminhos de forma magistral. Transmitiu esperança e apontou caminhos. O disco nos redimiu, tanto pela qualidade como por ter sido um dos primeiros trabalhos autorais dignos de nota no período.

Músico de extraordinária sensibilidade, Bruno Maia traz o Braia a São Paulo depois de 12 anos. Com sua mistura de música brasileira, irlandesa e rock progressivo. o retorno será no palco do Sesc Belezinho - São Paulo, neste domingo (24), às 18h.

"A gente sempre procurou caminhos diferentes e o 'Braia' se mostrou bastante promissor e instigante", disse Maia ao Combate Rock quando do lançamento do segundo disco. "As influências da música brasileira, como o Clube da Esquina, ficaram evidentes, assim com o instrumental meio progressivo, que às vezes surgia nas canções do Tuatha de Danann."

O primeiro álbum, “...e o mundo de lá”, foi gravado no Brasil e na Irlanda e contou com a participação especial de Marcus Viana (Sagrado Coração da Terra), além de ter sido lançado na França. A turnê subsequente a seu lançamento gerou o DVD "Braia ao vivo", lançado em 2010.

"Os elementos de música celta, principalmente de origem irlandesa, surgiram de forma natural, seja nos arranjos, seja na própria concepção das músicas. Tudo se encaixou de forma extraordinária", contou o músico.  

O segundo trabalho, “...e o mundo de cá”, foi lançado em 2021, como já exposto, e aprofunda o mergulho na música regional brasileira, explorando ainda mais a riqueza dos ritmos nacionais, sem deixar as raízes irlandesas de lado. 

O diálogo entre a música irlandesa e a brasileira foi aprofundado no disco em ritmos como baião, samba, moda de viola, ijexá, além de muita instrumentação e acentos irlandeses. 

O disco faz referência a aspectos e a fatos que marcaram a história do Brasil, principalmente de Minas Gerais, como a Guerra dos Emboabas, a Inconfidência Mineira, o Quilombo do Campo Grande e a corrida do ouro. O álbum conta com a participações especiais de Felipe Andreoli (Angra) e Kiko Shred ( Viper).

O show deste domingo trará temas dos dois álbuns do Braia e promete algo do Tuatha de Danann, uma vez que quatro dos membros tocam nas duas bandas. A formação conta com Bruno Maia (vocais, viola caipira, bouzouki, banjo e flautas), Nathan Viana (violino e saxofone), Edgard Brito (teclados), Raphael Wagner (violão e guitarra), Guilherme Rosa (contrabaixo), Artur Gidugli (bateria) e Letícia Helena (vocais).

Serviço

Braia e o Mundo de Cá

Data: 24 de julho
Horário: 18h

Local: Sesc Belenzinho
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000 - São Paulo, SP
Ingressos: Sescsp
Valor: R$ 12 a R$40

 



Nenhum comentário:

Postar um comentário