segunda-feira, 4 de julho de 2022

Cultura mais pobre: morrem Patricia Kisser e Sergio Rouanet

 O final de semana foi triste para a cultura brasileira, por mais que a reabertura da Bienal do Livro de São Paulo tenha redimido, em parte, os males provocados por um governo de inspiração fascista e pela pandemia de covci-19. Patricia Perissinoto Kisser e Sergio Rouanet morreram e deixaram o mundo menos inteligente.

Patricia era produtora cultural e lutava contra um câncer no cólon do útero. Morreu soa 52 anos de idade e causou comoção no mundo do rock. Casada com Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, deixa três filhos já adultos.

O agravamento do estado de saúde da mulher fez Andreas deixar a turnê americana e europeia da banda pra ficar ao seu lado. Seu substituto temporário ´[e Jean Patton, da banda brasileira Project46.

Bem humorada e um "trator" para trabalhar, era considerada uma profissional competente em sua área, especialmente no temo em que ajudou a cantora Marina de la Riva. Também atuou na administração do Sepultura por algumas vezes depois que a empresária Gloria Cavala deixou de trabalhar com a banda, a partir de 1996.

O diplomata Sergio Rouanet morreu no Rio de Janeiro, aos 88 anos, em consequência do agravamento da doença de Parkinson. 

Sua contribuição para a cultura é inestimável: criou e implantou a Lei Rouanet, que tanto causa horror ao mundo podre do bolsonarismo.

Em 1992, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Era o oitavo ocupante da Cadeira nº 13, na sucessão de Francisco de Assis Barbosa, tendo sido recebido pelo acadêmico Antonio Houaiss.

Foi o autor da Lei de Incentivo Fiscais à Cultura, promulgada pelo presidente Fernando Collor em 1991, que autoriza produtores a buscarem investimento privado para financiar iniciativas culturais. Em troca, as empresas podem abater parcela do valor investido no Imposto de Renda. Há que diga que a lei fou a única coisa boa do malfadado governo Collor.

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