O blues encontra a música baiana no novo trabalho do pianista e cantor paulistano Adriano Grineberg. Expoente dos mais conhecidos do blues brasileiro, o músico encara a sua primeira jornada na música brasileira, cantando em português.
A escolha não poderia ser mais feliz: um tributo a Dorival Caymmi, compositor baiano que tem uma obra que se aproxima bastante da sonoridade folk e do sentimento que evoca o mais tênue e denso blues.
Grineberg prepara uma série de versões de canções do compositor baiano que estarão em seu próximo disco. a primeira amostra é uma delicada versão para "É Doce Morrer no Mar", só que piano e efeitos sonoros que remetem a uma praia dos sonhos de Salvador.
Versátil e extremamente culto, o pianista e tecladista já passeou pelo blues tradicional, pela maravilhosa música de Ray Charles, pela música africada (cantou em vários idiomas africanos em Blues For Africa") e música oriental de influência indiana.
"A sonoridade da música de Caymmi tem muito do blues, tanto no balanço como nas imagens, da praia, da saudade e das despedidas, temas recorrentes neste gênero", comentou.
Assim, adentrando novos mundos, Grineberg chega ao quinto disco de sua carreira celebrando seu momento mais resplandecente. "É Doce Morrer no Mar", cantado e tocado por ele, é o primeiro single do álbum que virá em novembro de 2023.
A canção é uma citação de Mar Morto, romance de Jorge Amado publicado em 1936 sobre os mestres de saveiros da Bahia musicada e cujos versos foram adaptados por Caymmi em 1940.
"Sempre é instigante revisitar canções que desafiam a criatividade. O universo de Caymmi é uma joia da cultura brasileira e sua obra de alta complexidade impõe um trabalho imenso para transportar suas músicas para outro universo", analisou o músico.
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