A cena foi flagrada em ua das edições do In-Edit Brasil, em São Paulo. A banda mineira de metal/hardcore Black Pantera tocava em um dos eventos presenciais e, de repente um dos organizadores foi procurado por um importante músico paulistano. "O baterista está com problemas, tô vendo daqui. Precisamos ajudá-lo."
E lá foram os dois socorrer o Rodrigo Pancho que viu sua bateria meio que deslizar para fora do praticável. E então, com muita agilidade e conhecimento, Amílcar Christófaro, baterista do Torture Squad, com a ajuda preciosa de Mauricio Gaia, do In-Edit e também deste Combate Rock, resolveram a questão.
"Se tem alguém qu curte, apoia e e faz presente na cena roqueira de São Paulo é o Amílcar. Não só é antenado, ele faz a coisa acontecer e ajuda no que for preciso", testemunha Gaia.
Portanto, não é surpreendente que o músico paulistano esteja saboreando aquele que pode ser descrito como segundo grande momento do Torture Squad, banda paulistana das grandes do metal extremo nacional.
Christófaro está empenhado em divulgar o novo disco de sua banda, o recém-lançado "Devilish", e a turnê do Matanza Ritual, a reencarnação do Matanza na ver versão do cantor Jimmy London.
"Depois do período complicado da pandemia de covid-19 vejo que as perspectivas artísticas são muito boas, estamos retomando o nosso caminho", diz o músico. "O mundo teve a oportunidade de repensar muita coisa em relação à nossa existência, apesar de que a constatação ´de que os desafios só aumentam Temos de seguir em frente."
Poderoso e diversificado, "Devilish" foi apresentado oficialmente em um evento ara a prensa no Metal Bar, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. Para muitos fãs e críticos, é o melhor dico dos 30 anos de existência do grupo.
"A formação que o gravou caminha ara ser a mais longeva de nossa história, oito anos. Isso se refletiu neste segundo trabalho desse quarteto que está junto desde 2016", comenta o baterista. "São canções compostas antes da pandemia e que tinham começado a ser trabalhadas em estúdio quando veio a pandemia. Elas não perderam a contundência com a parada forçada e entendemos que elas fazem todo o sentido hoje."
O death metal trabalhado do Torture Squad ficou mais versátil e diversificado com as chegadas do guitarrista René Simionato e da vocalista Mayara Puertas, que abraçaram as influências progressivas cada vez mais evidentes nos trabalhos da banda, coo no caso de canção "Find My Way", do novo disco.
Christófaro e o parceiro de sempre Castor, o baixista, respiraram aliviados com a variedade de timbres e de riffs que explodem das guitarras de Simionato, encaixando-se completamente no conceito de expandir os limites da música pesada.
Mayara, referência no vocal extremo mundial e professora de canto, encontrou todo o espaço de que precisava para experimentar e acrescentar novos arranjos, como os vocais limpos e ótimos em pelo menos três das novas canções.
"Cada álbum tem sua história e sua qualidade, mas fico feliz que a recepção esteja sendo muito boa. Casa bem com aquela frase 'o melhor ainda está por vir'. É revigorante", celebra Christófaro.
O período prolífico da banda pós-pandemia começou em meados de 2022, quando a banda fez um show destruidor na casa paulistana La Iglesia Borratxeria, O áudio se tornou o terveiro disco ao vivo do Torture Squad, lançado ainda naquele ano.
A outra boa notícia antes da chegada de "Devilish" foi a aquisição dos direitos de lançamento dos áudios e parte dos vídeos dos três shows que a banda fez no festival alemão Wacken Open Air entre 206 e 2008, quando a banda estava em m dos seus pontos mais altos. O quarteto ainda estuda de que forma pretende lançar comercialmente o material.
Em seu segundo álbum com a nova formação, Mayara Puertas (Voz), Rene Simionato (Guitarra), Castor (Baixo) e Amilcar Christófaro (Bateria) transcendem com maturidade a sonoridade do metal extremo, incorporando o metal progressivo, influências da música brasileira e sinfônica elementos. "Devilish" promete agitar a cena do metal brasileiro e dar uma nova visibilidade internacional.
O mais recente videoclipe, do segundo single intitulado "Hell is Coming", ganhou grande notoriedade, conquistando o público de esferas fora do metal extremo. O videoclipe foi dirigido e gravado por Eric Luchini. A faixa é uma peça de progressive death metal inspirada no jogo online Diablo IV.
O álbum também homenageia os heróis brasileiros com a participação de Andreas Kisser (Sepultura) na faixa "Buried Alive", e uma homenagem a Rickson Gracie o resiliente lutador de Jiu Jitsu considerado uma das maiores lendas do esporte, tema da faixa "Warrior". ]
A banda ainda mobilizou diversos músicos ligados às causas indígenas para colaborar na música "Uatumã" - Suzane Hecate (Miasthenia), Victor Rodrigues (Tribal Scream) e João Luiz (Golpe de Estado) -, fazendo um apelo pela preservação da Amazônia em uma canção que flui de forma potente com as falas do líder indígena Raoni Metuktire e ritmos tribais.
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