O britânico Cozy Powell faria 75 anos nesta época se não tivesse espatifado seu veloz Saab em uma estrada do interior inglês em 1998. Adorava a velocidade até mais do que a sagrada bateria. Estava ao celular com a namorada na hora do acidente - e dizem que não usava cinto de segurança.
Era tão criticado quanto requisitado. Teve momentos brilhantes na segunda formação de Jeff beck Group no início dos anos 70, mas não engoliu a abrupta mudança de ideia do patrão, que decidiu acabar com a banda para criar o Beck, Bogert and Appice.
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Versátil e com a mão pesada, criou o Bedlam, banda de rock pesado que não teve a repercussão pretendida, embora o prestígio entre os músicos fosse bem grande. Foi o que lhe rendeu um convite em 1976 para entrar no Rainbow, de Ritchie Blackmore.
Era o motor da banda e gravou clássicos da história do rock, ainda que a inimizade com Ronnie James Dio se tornasse eterna. Os dois não duraram muito no Rainbow e o baterista logo partiu para uma carreira solo errática enquanto tocava com meio mundo.
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Em 1985, foi surpreendido com o convite para assumir o P de Emerson, Lake and Palmer. Este último não conseguiu se livrar de compromissos com o Asia e teve de declinar.
"Emerson, Lake and Powell" durou apenas um disco e uma turnê em 1986. O resultado foi bom, em todos os sentidos, mas não o suficiente para que houvesse a continuidade do projeto. Powell evirou críticas diretas, mas deixou claro que não a ver o seu estilo com o progressivo arrogante e aspirante a erudito.
Tanto é verdade que assumiu a bateria do Black Sabbath em 1988 para dois discos - e gravaria o terceiro, "Dehumanizer", em 1992, se não tivesse sofrido um grave acidente durante um passeio a cavalo. Seria o baterista mesmo com com a oposição do desafeto Dio.
Cozy Powell foi referência na bateria de hard rock e rock clássico para pelo menos duas gerações de músicos, sendo que muitos o chamavam de "mestre" ou "professor".
As comparações sempre foram impertinentes, mas houve quem o achasse uma mistura de John Bonham (Led Zeppelin) e Keith Moon (The Who).
Audacioso, impertinente e falastrão, não deixava nada pela metade ou não dito e se irritava profundamente quando não era creditado nas composições, já que pregava que todo músico que contribuísse criativamente e não apenas reproduzisse o que lhe mandavam acrescentava algo - e merecia ser creditado e receber royalties. sua bateria e seu estio inconfundível estão em algumas das melhores musicas que amamos.
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