"Nos Estados Unidos as coisas se resolvem rapidamente. Basta um rifle e os baderneiros somem. Aqui no Brasil a Justiça é a favor do crime, da bagunça e da oposição."
As frases acima poderiam muito bem terem sido escritas em redes sociais de artistas descomprometidos com a sociedade e sedentos por medidas fascistas, como certo vocalista de banda engraçadinha dos anos anos 80 ou artista solo da mesma época com inclinações selvagens no nome. Isso não surpreenderia.
De muitas formas, é isso o que pregam os terroristas que atentaram contra a democracia e que invadiras os prédios dos tr~es poderes no último dia 8 de janeiro. Esses dejetos humanos continuam inconformados com o resultado da eleição presidencial de 2022 e chafurdam nos excrementos do nojento bolsonarismo.
Mas não nos enganemos: há isentões que pensam da mesma forma, camuflando o seu fascismo enrustido e seu ódio insano e sem sentido contra a esquerda.
Assim como em outros momentos em que identifiquei certas nojeiras em fóruns, chats, comentários em posts e mesmo textos nas redes sociais, não escancaro o(s) nome(s) do(s) imbecil(cis) para não dar palanque a essa gente nojenta. Uso essas "pesquisas", digamos assim, para refletir que tipo de rock nacional temos na segunda década do século XXI e como pensam esses supostos roqueiros.
É claro que, em caso de crime, como racismo, o autor seria denunciado às autoridades, mas ainda não tive o (des)prazer de me defrontar com algum caso nível.
A questão é que, quanto mais o governo nefasto de Jair Bolsonaro se esfarela na incompetência e nas abundantes denúncias de o bolsonarismo virou uma doença, em que vicejam corrupção, autoritarismo e destruição de direitos e do meio ambiente. Tudo isso, no entanto, não é suficiente para impedir a adesão e o fanatismo pela extrema-direita.
Percebo, depois de muito tempo, que tal cidadão é evangélico, e de uma denominação das mais pútridas, nefastas, fisiológicas e criminosas que existem por aí - é o tipo de seita que queima o filme das agremiações sérias e respeitáveis desses espectro religioso.
Em rápida olhada no "público" que curte barbaridades sobre apoio a policiais que matam negros inocentes e postagens antiabordo, entre outra coisas, uma parcela incômoda tem alguma relação com o rock, seja por ser fã, profissional da área ou ligado, de alguma forma, a eventos/bares/casas de shows. Há uma unanimidade nas mensagens: racismo, preconceito e ódio
Ou seja, não é mera a impressão de que existe, nas grandes cidades do país, um contingente expressivo de roqueiros asquerosos que apoiam o fascismo e as medidas desse governo autoritário e inacreditável de Jair Bolsonaro.
É evidente que não temos, ainda, como dimensionar o tamanho do descalabro que é observar a existência de roqueiro fascista. Estão saindo das cavernas agora ou sempre foram desse jeito e nunca tínhamos percebido?
Como é possível existir roqueiro antidemocrático, do tipo que apoia a violência policial contra a população pobre, negra e, última análise, contra os próprios roqueiros?
Então essa gente apoia, em tese, governos e políticos que os detestam, que sempre que possível jogarão o aparato repressivo para cima do rock?
Essa gente apoia políticos e governos que desprezam a democracia e a liberdade de expressão, ou seja, o direito de os roqueiros de se expressarem e de curtir em paz a sua música e seus shows?
Que tipo de música esse tipo de roqueiro admite? Aquela anódina, inodora e incolor, que só fala de carros, mulheres, cerveja, putaria, duendes e unicórnios?
E no metal? Só valem as letras de destruição e devastação no exterior ou em outros planetas? Ou apenas músicas sobre o "Senhor dos Anéis"?
O que será que tem a dizer o roqueiro imbecil que gosta de Pink Floyd sobre o conteúdo de letras dos álbuns "Animals" (uma fábula baseada no livro "A Revolução dos Bichos", de George Orwell e "The Wall" (um forte libelo contra o fascismo e o autoritarismo)?
Esqueçam a nojenta falácia de que "devemos respeitar as escolhas políticas dos outros". Mais do que eufemismo, isso é uma frase que embute um tremendo mau-caratismo de quem se diz isento e que, na verdade, é um omisso que esbarra nas raias da indecência. Fascismo, racismo, ódio e intolerância são intoleráveis. Ponto.
Não dá para respeitar quem defende a violência contra minorias e segmentos da sociedade; quem defende o fascismo; quem defende políticas predatórias do meio ambiente; quem defende a supressão de direitos humanos, civis e trabalhistas; quem defende autoritarismo; quem defende governo incompetente inundado de denúncias de corrupção; que persegue adversários e opositores, ameaçando-os e intimidando-os com milícias físicas e virtuais.
Poucas pessoas imaginavam que teríamos tanto trabalho para resistir e combater o fascismo do nosso tempo, e que teríamos de começar, infelizmente, dentro do nosso meio roqueiro/musical. O bolsonarismo precisa ser extirpado e eliminado. Sua derrota em 2022 é apenas o começo da guerra.
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