segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Com perda de audição, Paul Gilbert descreve como lida com o problema

 O guitarrista Pete Townshend  lançou em 1095 o álbum "White City" e surpreendeu a todos quando fez uma turnê europeia tendo como guitarrista principal o amigo David Gilmour, do Pink Floyd. O então ex-líder de The Who (que tinha parado em 1982 para retornar sete anos depois) se contentou em ser um crooner de big band e, ocasionalmente tocar violão.

A troca de instrumento - sempre foi conhecido como brilhante guitarrista - foi explicada algum tempo depois, em uma entrevista à emissora BBC, de Londres: estava sofrendo com sérios problemas auditivos  agravados por duas décadas de altos volumes nos palcos e nos estúdios. Por recomendação médica, limitou-se ao violão nos shows até 1996, quando recuperou em parte a audição.

"Para um músico é impensável que a audição esteja prejudicada, pois compromete tudo, desde a composição até a execução", comentou Townshend á época. "Algumas notas 'somem", assim como alguns timbres e até frequências. Às vezes é desesperador."

Outro músico importante enfrenta há anos dificuldades semelhantes, mas em proporção maior e mais grave. O norte-americano Paul Gilbert, guitarrista do Mr. Big, nunca escondeu o problema que o aflige há mais de duas décadas, mas sempre se manteve discreto.

Em emocionante depoimento ao jornalista brasileiro Sergio Martins, publicado na edição de janeiro da revista Billboard Brasil, Gilbert descreveu com serenidade e até algum humor involuntário como convive com a audição precária e como dribla o problema na hora de tocar, compor, gravar e até mesmo na mais prosaica conversa diária e cotidiana com familiares.

Com prolífica carreira solo, Paul Gilbert despontou no cenário roqueiro no final dos anos 80, chamando a atenção na banda de hard rock Racer X, que era um supergrupo de músicos prodígios do hard rock.

 Tempos depois formou o Mr. Big com o baixista Billy Sheehan, o vocalista Eric Martin e o baterista Pat Torpey e alcançou o estrelato por conta de muitos hits radiofônicos. 

A carreira solo surgiu em paralelo ao Mr. Big, que depois abandonou no fim dos anos 90 para retornar cerca de dez anos depois. Um de seus momentos mais brilhantes foi a gravação de "Karn Evil 9", de Emerson, Lake and Palmer, onde faz todos os fraseados e a base dos teclados na guitarra. (escute ao  final do texto.

Clique aqui e leia o interessante depoimento de Gilbert ao jornalista Sergio Martins e publicado na revista Billboard Brasil.

https://www.youtube.com/watch?v=Xc5q-OfKTxY

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