sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Um pouco de paz e esperança na música da Orquestra Mundana Refugi

 O cenário era perfeito para uma experiência revigorante: o palco hexagonal da sala Adoniran Barbosa, no Centro Cultural São Paulo, na zona sul da capital paulista, com uma orquetsta rodeada de público por todos os lados. E a música simplesmente fluiu.

A Orquestra Mundana Refugi lançou seu novo disco, "Tofo Lugar É Aqui", em uma quinta-fefira com acidade tomada pelo caos com a paralisação absurda do metrô por problemas técnicos e, mesmo assim, o local lotou.

Os 22 músicos passearam pelo mundo com canções da África, do Brasil, da América Latina e do Oriente Médio hipnotizando a plateia. 

A maioria dos presentes conhecia o trabalho fantástico do combo composto por mai da metade de músicos estrangeiros, boa parte refugiados e abrigados aqui escapando de guerras, fome e ditaduras.

Mesclando músicas antigas com as presentes no mais recente lançamento, o show evidenciou um grupo que esbanjou vibração e descontração dentro de uma precisão digna de uma sinfônica. E ninguém ficou parado.

Carlinhos Antunes, o violonista que também é o grande maestro e coordenador da Orquestra Mundana Refugi, como um experiente mestre de cerimônias, contou a história do projeto, de forma sucinta, e exaltou seus músicos e a todos que sempre apoiaram e tornaram a existência do combo por anos, em especial o Sesc São Paulo do saudoso Danilo Santos de Miranda (1943-2023().

É a verdadeira música sem fronteiras, oferecendo um pouco de paz e o melhor do entretenimento dentro um projeto que amplia as perspectiva de quem foi perseguido por sua crenças por sua arte ou mesmo por sua existência. Na próxima semana o Combate Rock trará mais sobre a iniciativa de Antunes  e do trabalho da Orquestra Mundana Refugi.


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