segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Genialidade e vanguardismo nos 75 anos de Egberto Gismonti

 Quem teve a curiosidade para se maravilhar com o álbum "Friday Night in Sab Francisco", lançado em 1981, logo se surpreendeu com um dos temas tocados ao vido pelo trio de gênios da guitarra e do violão Al DiMeola (Estados Unidos), Paco de Lucía (Espanha) e John McLaughlin, 

Para os brasileiros, era muito familiar aquele som da música "Frevo Rasgado", mas pouca gente sabia que seu autor era um nome monstruoso da música brasileira que transitava entre o popular, o erudito e o experimental. Egberto Gismonti desde sempre foi gênio, mas foi necessária a reverência dos estrangeiros para ter a atenção que merece por aqui.

Multi-instrumentista e notório estudioso da música universal, o fluminense Gismonti completa 75 anos e é o responsável por alguns dos mais maravilhosos momentos da música brasileira. 

Sua obra é muito associada ao jazz e à música de vanguarda nos Estados Unidos, e muita gente o considera um artista progressivo, mas sem relação com o rock. Sua fama é tão grande que foi escalado como a atração principal do Festival de Jazz de Montreal, no Canadá, de 1998. Uma parte do concerto poderá ser vista ao final deste texto.

Para o crítico musical Zuza Homem de Mello (1933-2020), o som de Gismonti é inclassificável, adjetivo que às vezes reservava também para outro monstro da música experimental de todos os tempos, Hermeto Paschoal.

A relação entre Egberto Gismonti e a música progressiva - não necessariamente rock - foi dissecada em interessante texto de Eudes Baima publicado no site Consultoria do Rock em maio de 2022. Longa vida a esse mestre supremo da música mundial.

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