Uma banda interminável, incapaz de fazer um último ato, e com um vocalista indestrutível. Klaus Meine, o cantor dos Scorpions, faz 75 anos e simboliza a resistência da principal banda de rock de todos os tempos fora da Inglaterra e dos Estados Unidos. É um símbolo da resistência e da importância que o gênero musical atingiu depois da II Guerra Mundial.
O músico celebra três quatros de século em um momento que os primeiros discos da banda são relançados em meio a uma data marcante; os 50 anos, no ano passado do primeiro lançamento do primeiro álbum, ocorrido em 1972.
Artista esforçado e com timbre único de voz, simboliza a banda da mesma forma u a poderosa guitarra base de Rudolph Schenker, o fundador da banda que existe há 58 anos. Os dois carregam o "fardo" de tornar os Scorpions imortais - e sem qualquer intenção de colocar "clones" para manter o nome na ativa, como pretende o Kiss uando da aposentadoria de seus líderes.
Meine é um músico sofisticado, capaz de fazer letras políticas fortes, como "Winds of Change" e "Alien Nation", e do clássicos pop suaves e romãnticos, além de baladas poderosas como "Still Loving You".
Culto e inteligente, é uma raridade entre os roqueiros pelo profundo respeito aos fãs. Incapaz de deixar alguém sem atenção, nunca reclamou do ônus de carregar a história do rock e do metal da Alemanha.
"É uma honra levar adiante este legado. Tenho muito orgulho do que estamos fazendo há décadas", disse o vocalista a este jornalista em uma das muitas visitas ao Brasil.
No mês passado, este orgulho ficou evidente na passagem da banda pelos palcos brasileiros dentro dos desdobramentos do Monsters of Rock, principalmente em São Paulo e em Ribeirão Preto. Foram shows poderosos e intensos, entregando o de sempre, mas com muita qualidade.
Com quase 60 anos de carreira, a voz não é a mesma, é evidente, algo que afeta gente como Ian Gillan (Deep Purple), Mick Jagger (Rolling Stones), David Coverdale (Whitesnake), Roger Daltrey (The Who) e Robert Plant (ex-Led Zeppelin). A maneira de como lida com essa dificuldade é exemplar e isso ficou claro nos shows brasileiros: adapta-se da melhor possível e desfruta do momento mágico de estar no palco.
"Vivo da minha música, sou quem sou graças aos Scorpions e ao rock. O tamanho de minha gratidão é indescritível e não tenho o direito de não valorizar cada minuto em cima de um palco. É uma obrigação devolver isso de alguma forma", disse Meine ao Combate Rock.
A fama de banda interminável, de que não cumpre as promessas de encerrar a carreira, viraram piada, algo que não incomoda o músicos. "Percebemos como é difícil fica longe dos Scorpions, e como o o público ama estar perto de nós e nos quer na ativa. Temos de aproveitar isso, não são todos os artistas que têm essa bênção", comemorou Rudolph Schenker na recente passagem pelo Brasil.
Meine demonstrou isso de maneira inequívoca nos palcos sul-americanos. Aposentadoria não é mencionada em nenhum momento, embora todos saibam que ela está perto por questões físicas. Artisticamente, o vocalista demonstra estar ais ativo do que nunca.
Comemora seus 75 anos em mais uma interminável turnê mundial projetando provavelmente mais uma, no mínimo. As piadas sobre a indestrubilidade continuarão, se depender do cantor e de toda a banda.
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