Local lotado, com muita gente cantando a plenos pulmões os grandes clássicos da banda. Ao final do show, o guitarrista Hélcio Aguirra, o então vocalista Dino Linardi e o baixista Nelson Brito passaram por mim, ao lado do palco, sorridentes. Cumprimentaram-me e foram tomar água.
"Como vocês encaram esse momento da banda, quase 30 anos anos depois da fundação?", perguntei. "Estamos em nossa melhor fase. A melhor fase é sempre a próxima, o próximo show e o próximo CD. É uma dádiva tocar para os fãs", afirmou na lata o guitarrista.
"Como vocês encaram esse momento da banda, quase 30 anos anos depois da fundação?", perguntei. "Estamos em nossa melhor fase. A melhor fase é sempre a próxima, o próximo show e o próximo CD. É uma dádiva tocar para os fãs", afirmou na lata o guitarrista.
Por isso a lembrança de sua morte, há cdez anos, é dolorida e perversa. Depois de finalmente acertar uma formação que estava resgatando o Golpe de Estado depois de anos de desencontros e hiatos, o mestre do hard rock brasileiro morria dormindo em casa, em janeiro de 2014, vítima de ataque cardíaco, aos 56 anos de idade.
O CD "30 Anos ao Vivo", lançado em 2017, com outra formação, não deixa de ser um grande tributo ao guitarrista, que foi um dos mais queridos músicos do rock nacional. Nunca será suficiente, é claro, como vaticinou Brito após a gravação do CD/DVD ao vivo, mas ainda assim é necessário ver e ouvir o Golpe de Estado hoje e sempre.
O CD "30 Anos ao Vivo", lançado em 2017, com outra formação, não deixa de ser um grande tributo ao guitarrista, que foi um dos mais queridos músicos do rock nacional. Nunca será suficiente, é claro, como vaticinou Brito após a gravação do CD/DVD ao vivo, mas ainda assim é necessário ver e ouvir o Golpe de Estado hoje e sempre.
Há algumas bandas de rock na história que serão sempre necessárias, independentemente da formação, do tempo de estrada e da juventude do público. É assim para The Who, Rolling Stones, Deep Purple, New Model Army, Cólera, Ratos de Porão, Golpe de Estado e mais um punhado delas.
Esqueça o papo de que Hélcio faz falta. Todas as pessoas queridas que morrem fazem falta, em todas as circunstâncias. Devemos é celebrar o fato de que ainda existe um Golpe de Estado na ativa fazendo um som maravilhoso, com qualidade e honrando o mestre das seis cordas.
Esqueça o papo de que Hélcio faz falta. Todas as pessoas queridas que morrem fazem falta, em todas as circunstâncias. Devemos é celebrar o fato de que ainda existe um Golpe de Estado na ativa fazendo um som maravilhoso, com qualidade e honrando o mestre das seis cordas.
Hélcio Aguirra é um daqueles seres que ajudaram a vida de muita gente ficar melhor do que sempre esteve. Conversava, brincava, brigava, mas emocionava e nos empurrava para frente. O Golpe de Estado nos lembra sempre que a vida é sempre boa, seja por um segundo, seja por uma década.
Quando a gente ouve "Caso Sério", "Nem Polícia, Nem Bandido", "Feira do Rato" e mais uma sequência de clássicos sente que a música vale a pena. Que nossa existência vale muito a pena. Que o rock nacional vale demais a pena.
Quando a gente ouve "Caso Sério", "Nem Polícia, Nem Bandido", "Feira do Rato" e mais uma sequência de clássicos sente que a música vale a pena. Que nossa existência vale muito a pena. Que o rock nacional vale demais a pena.
Hélcio e o Golpe tornaram nossas vidas mais palatáveis, suportáveis e divertidas. Mais do que isso: mostra que o Golpe de Estado é mais do que necessário. É fundamental no mundo em que vivemos.
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