A lenda, saborosa, diz que o impertinente moleqe de 17 anos assistiu ao show de uma banda nova em um hotel na zona oeste de Londres e desdenhou dela, principalmente do bateristya, que era mais velho e parecia deslocado e cansado.
Ao final do show, ele se aproximou do guitarrista e do vocalista, tirou sarro deles e garantiu que tocava muito melhor do que o cara que estava nas baquetas. Furiosos, os dois desafiaram o moleque> "Se toca melhor, então mostre!"
Keith John Moon, que já carregava várias alcunhas alusivas á maluquince (como "Moonie", que combinava como sobrenome) não perdeu tempo? sentou-se ao kit dde Doug Sandom, então baterista daquela banda, The Who, e espancou os tambores com batidas vigorosas, batidas e viradas improváveis. Era uma usina sonora. Teria sido contratado no ato!
Na verdade não foi bem assim, houve algumas audições antes da escolha definitiva de Moon, mas o fato é que, há 60 anos, o surgimento daquele moleque arrogante e debochado mudou a história da banda e do rock inglês. É impossível dissociar Keith Moon de The Who.
Louco, insano, imprevisível, genial, Keith Moon estabeleceu novos padrões de estratpegia de araque aos pratos e bumbos, alémd e revelar outras possibilidades rítmicas além das linhas calcadas no blues e nos outros gêneros norte-americanos. Esse foi o caminho escolhido por gente coo Charlie Watts (Rolling Stones), Ginger Baker (Cream), Mick Avory (Kinks) e muitos outros na primeira metade dos anos 60.
Moon foi o rpimeiro a querer expandir o ritmo d mofo a "empurrar" a banda, a criar um estofo sonoro que permitisse ao restante da banda enveredar por outras direções.
Ao vivo isso ficaram evidente. copm suas viradas ensandecidas e a condução rítmica esfacelada e diversificada, ao ponto de o vocalista da banda, Roger Daltrey, um desafeto em boa parte do tempo, dizer que Moon jamais conseguiria tocar fora de The Who - o que é quase verdade se bservamos que são pouqíssimas as colaborações dele com outros músicos.
Frequentemente idnicado como o melhor baterista de rock de todos os tempos, Keith Moon era uma usina de energia imparável e inclassificável, quase iossível de acompanhar e de ser contido em sua exuberância sonora.
O roblema é que fora dos palcos ee apresentava as mesmas características. Em vida ninguém conseguiu dianosticar o seu suposto transtorno mental além de evidentes sinais de depressão.
O ex-companheiro Daltrey menciona isso em sua autobiografia, gato já apontado no livro "Keith Moon - A Vida e a Morte de uma Lenda do Rock", de Tony Fletcher.
O autor, fascinado pelo baterista, conta que o extrovertido e insano Moon, capaz de brincadeiras absurdas e comportamentos erráticos, na verdade era uma pessoa solitária melancólica, refugiando-se no álcool e nas drogas, tornando, em muitas situações, uma pessoa insuportável.
Kim Moon, a adolescente de 16 anos que engravidou após pouco tempod e namoro, foi a principal vítima do comportamento instável do músico. Eles se casaram em 1966, mas a união durou somente até 1972, quando9 ela e a filha, Mandy, saíram de casa para nunca mais voltar.
Divorciado e afundado n álcool, teve várias namoradas depois do fim do casamento, mas ainda mantinha a performance até a turnê de 1973 do Who. Dois anos depois, reapareceu diferente para a turnê americana da banda e então todos constataram que a usina de energia não era mais a mesma.
"Two Sides of the Moon" é o seu único disco solo, onde se aventurou a cantar e deixar a bateria, em algumas músicas para amigos do quilate de Ringo Starr (Beatles), HarryHarry Nilson e Jim Keltner. É uma coleção de temas suaves e versões de clássicos do rock que passou em branco e vendeu muito pouco.
Cada vez mais fora de controle e fora de forma, seguiu tocando a duras penas em 1976. No ano seguinte, The Who tocou pouco e em dezembro, no dia 15, ele tocou ao vivo pela última vez no Kilburn Theatre.
Alguns meses deppis, a banda tocaria duas músicas "ao vivo" em estúdio, para 400 pessoas, entre amigos, parentes e funcionários. "Baba I'Riley" e "Won't Get Fooled Again" seriam usadas como videoclipes no encerramento dop file-documentário "The Kids Are Alright", que seria lnado em 1979. Seria a última aparição em um palco com os companheiros.
Cada vez mais melancólico e mergulhado noálcool, buscou terapias alterativas para cuidar do vício por insistência da namorada, a modelo sueca Anette Larsen-Stax.
Sem muito sucesso, começou a tomar medicamentos supostamente para combater efeitos da abstin}encia do álcool e combater o próprio alcoolismo.
Morreu no dia 7 de setembro de 1978 em conseuquência de uma superdosagem do remédio que deveria ajudá-lo. No dia anterior, tinha ido à premére de um documentário sobre Buddy Holly produzido e bancado por Paul McCartney. Há fotos de Moon atazanando o ex-beatle e sua mulher, Linda.
Há relatos de que ele foi embora mais cedo porque começou a passar mal, ams isso não foi confirmado. ironicamente, o último músico com ele consersou antes de morrer, na saída do local da exibição filme, em Londres, foi o amigo e baterista Kenney Jones (Small Faces, The Faces), que assumiria seu lugar na banda meses depois.
Há quem classifique Moon como um dos últimos músios românticos do rock, daquele tipo intuitivo e insano que fez escola musical e comportamental, sendo seguido nos excessos por muita gent nos anos 80. Isso é bobagem, por mais que ele seja um legítimo produto de seu tempo.
keith Moon foi genial porque praticamente criou um estilo diferente de tocar baterial incorporando uma série de influências que vão do jazz á surf music, a sua paixão. Com uma técnica tão inusitada e particular, tornou-se inimitável. Só isso é o suficiente para torná-lo o maior do rock.
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