quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Rápido panorama do metal nacional - 105

- Korvak - Thrash metal experimental de primeira grandeza é o que oferece essa banda paraibana surpreendente. Dá até para falar em thrash progressivo, se é que isso existe. "II - World's Duality" é o seu mais recente trabalho, que mescla uma sonoridade vintage e moderna e uma produção correta, mas que poderia ressaltar as guitarras, que são o grande destaque desse trabalho qu ousa flertar com algo psicodélico. Se a produção crua ressalta o teor ríspido das canções, também ajuda a evidenciar o som violento e insano, como na ótima "Korvak Attack". Há a. muita referência sonora, além de um riqueza de detalhes nos arranjos e nas escolhas de timbres que remetem a uma certa maturidade, o que surpreende ainda mais em se tratando de uma banda novas. Também se destacam entre as canções como "March to Death" e duas em português: "A Fera", uma música que explora o sarcasmo em uma "moda de viola" nordestina, e "Febre Humana", que bebe os grandes clássicos do thrash oitentista. São "horríveis" e assustadoras, como tem de er o thrash metal.

- Living Louder - Hard rock e stoner se misturam em doses cavalares no bom álbum "Alpha Omega". O trio paulista explora bem os timbres de guitarra associados ao rock clássico e se dá bem em temas simples, mas regados com muito feeling e arranjos vintage. O som é bem agradável e ressalta a habilidade dos compositores na elaboração de músicas simples e sem rebuscamento, como "Dynamite" e "Phantom". As referências são muitas, o que de certa forma dilui a questão da originalidade, mas isso não compromete, porque o trabalho é bom e garante um audição prazerosa.

Warshipper - A missão dessa banda paulista era difícil: superar o isco anterior, "Barren...", que frequentou muitas listas de melhores do ano quando foi lançado. "Essential Morphine", o ovo disco, é ainda mais brutal em termos de agressividade, mas menos impactante or ser mais regular e restrito ao thrash/death que sempre caracterizou a banda. É menos impactante no sentido de que não tem grandes surpresas, Ainda assim, os músicos assumem riscos e inventam algumas coisas, como a inserção de violinos e pianos em várias passagens de músicas muito boas, como a ótima "Guilt Trip", ou na longa e tensa "Magnificent Insignificance". Se a ousadia não foi a meta neste disco, como na anterior, o conjunto de canções demonstra uma banda de música extrema moderna e cada vez melhor.

- Ode Insone - "Isolamento: Do Silêncio à Poesia" é um álbum que é corajoso por enveredar em uma área perigosa - a do som gótico pesado, mas com o cuidado de não se se tornar um pastiche de bandas estrangeiras coo Evanescence e Beyond the Black. A banda paraibana flertou com esse perigo, mas teve qualidade e bom senso para escapar das armadilhas. Se falta originalidade, há qualidade de sobra para transformar canções aparentemente simples em gemas do subgênero abordado. Tem melancolia, tem tristeza, tem resignação e boas letras. "Casulo" e "Sem Despedida" são os destaques.

- Xfears - Banda de prog metal que faz um som altamente técnico e instigante, principalmente em seu segundo trabalho, "Seasons to Change". mesmo após várias mudanças na formação, o grupo conseguiu manter a coesão sonora e a qualidade boa das canções e do instrumental. Não é um som hermético, conta com uma coleção de músicas que trafegam pelo metal tradicional e por um certo rock progressivo de inspiração britânica dos anos 90. O principal compositor é o tecladista e vocalista Gabriel Carvalho, que é também p principal compositor e mentor do conceito da banda. A onipresença dos teclados não invalida o metal trabalhado do Xfears, como na ótima "When We Die", com todo jeitão de hit em seu cruzamento de Iron Maidem com a dinamarquesa Royal Hut e coms oamericanos do Savatage. Outras canções interessantes são "Fix It All", "Changes" e o belo encerramento com "Peace Within".

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