segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Rock com propósito e coragem: Mafra apresenta as suas 'armas'

O sorriso é jovial, inocente e quase permanente desde os 14 anos, quando chamou a atenção pela interpretação madura e convivente de alguns clássicos do rock no YouTube. A menina cresceu e impressionou ainda mais gente com as primeiras canções autorais - em inglês, em japonês e em português.

Ana Clara Mafra chefa aos 17 anos apadrinhada por uma galera de primeiro time do rock nacional. "Essa menina tem uma aura diferente. Curte realmente a arte e a música, e tem uma atitude positiva. Estamos precisando disso no rock nacional", disse um conhecido músico paulistano após a festa da estreia nos palcos do Finally Home, em São Paulo.

Ainda longe dos realities shows de música na TV, ao contrário de algumas de suas "concorrentes" na idade, Ana Clara prefere dar passos mais seguros e cautelosos em um mercado voraz e perigoso. Quem vê de primeira pode achar que tudo é calculado. Se for, é um primor de interpretação.

Alheia a especulações, a menina saboreia a boa repercussão de seus primeiros trabalhos derramados na internet. Chama a atenção a profundidade com que aborda temas pesados e o engajamento em causas que costumam estar presentes nas pautas de gente mais cascuda e experiente. O rock alivia, mas o blues vem da alma.

Em um clipe bem simples, mas com elevada carga emotiva, Ana Clara Mafra, cada vez mais à vontade assumindo o nome artístico Mafra, dá uma aula de suavidade e tolerância em "D(e)ad", onde alerta para u tema comum até demais em nossa sociedade: o abandono dos filhos por parte de homens imaturos ou incapazes de lidar com responsabilidades. 

Sem raiva ou ressentimento, aborda o assunto om serenidade, com a ajuda da menina tem participação de Nikki Vittorato nos vocais dde apoio e da pianista Virgínia Villanova.

Ela ainda não pode dirigir um automóvel, mas já pode votar e se engajar em campanhas contra o feminicídio, por exemplo. 

O rostinho de garota e o sorriso cativante apenas não entregam de cara: Mafra acredita em suas causas e de certa forma, no empoderamento feminino, mas de um jeito mais suave. E, sim  acredita no poder de sua voz limpa e delicada, mas contundente. Acredita no poder da mensagem.

O trabalho mais recente é uma participação no projeto do cantor e compositor paulista Gus Jack. Os dois lançaram o videoclipe para a música “Não Me Olhe Assim (Eu Não Pertenço a Você)”, que versa sobre um revoltante e comovente caso de feminicídio que aconteceu na família do cantor.

Gus Jack explica todo o contexto do caso: “'Não Me Olhe Assim' foi escrita em 2017, após um caso de feminicídio que ocorreu em minha família, com uma prima de 17 anos chamada Isabela. Todo o contexto foi muito forte para todos nós. Quando vemos os casos de violência contra as mulheres nos noticiários muitas vezes não temos a noção do que isso significa, principalmente a sensação de impotência e indignação que acomete as pessoas próximas".

Mafra nem pestanejou e mergulhou de cabeça no projeto. A canção é um hard pop denso, com guitarras pesadas que deu suporte a um dueto desesperado de sentimento - fúria, raiva e indignação, bem a cara da menina que cresceu rápido e amadureceu na música.
 
"Desde que a conheci percebi nela uma vivacidade e uma intensidade", comenta Gus. "Começamos a conversar e acompanhei mais o trabalho dela. Fiquei impressionado com sua potência, sua proposta, sua atitude rock’n’roll, mas também a forma subconsciente com que ela mesclava tudo isso com uma doçura incrível.”

“Não Me Olhe Assim” foi gravada no estúdio SoundUP, com mixagem e masterização de Ivan Mirkovic, do Black Widow Studio na Grécia. A música conta com Gus Jack e Mafra nas vozes, Robson Freires nas guitarras, Luis Lopes no baixo e Lucas Emídio na bateria. 

Avanço na carreira

Se o primeiro lançamento indicava uma moça que pendia para um pop rock mais acessível, como "Prayer From Your Angel", a coisa mudou e evoluiu para u rock enérgico e vigoroso de "Sinceridade", em um clima á la Pitty.

É ua canção de protesto, de desabafo, com uma crítica social e atitude. "Não poderia ser diferente, já que o lema de minha carreira é rock e metal com atitude e propósito. Eu acredito nisso."

A música tem riffs certeiros de guitarras e bons solos de autoria de d Marcos Kleine, do Ultraje a Rigor e do programa The Noite, do SBT. "Venci o desafio pessoal de compor em português de forma a sair um resultado que eu considerasse realmente bom" disse Mafra ao Combate Rock em um evento da anda Dr. Sin, em São Paulo.

Ela não hesita em dar os créditos para o bom resultado em "Sinceridade": "Devo a dois grandes músicos que me incentivaram a tentar: Demian Tiguez [multi-instrumentista e produtor] e Thiago Bianchi [vocalista e produtor do Noturnall].)Assim nasceu 'Sinceridade', que é um rock que fala a respeito de como as pessoas normalizaram a falsidade hoje em dia, de como enaltecem tantas coisas ridículas, supérfluas, superestimando e atribuindo valores que às vezes nem existem." .

A música e letra de “Sinceridade” tem composição e voz de Mafra, com voz adicional de Jonathan Lenon, guitarra solo de Marcos Kleine, guitarra base de Jonathan Lenon, baixo de Tashiro e bateria de Fabi Souza. A produção é de Pedro Esteves e gravação, mixagem e masterização por Masterpiece Digital Studio. 

A repercussão boa das primeiras músicas renderam participações em shows e álbusn de nomes fortes do rock nacional e da MPB como Sandra de S já tocou e gravou com grandes nomes da, MPB, do Rock e do Heavy Metal nacional, entre eles Sandra de Sá, Rafael Bittencourt (Angra), Luis Mariutti (Sinistra, ex-Shaman, Angra), a banda mineira de power metal Medjay e a banda Animamea.

 




Mafra comentou o lançamento: 

https://youtu.be/jwrBAVQXFjg
https://www.youtube.com/watch?v=VV6J4VJOAVw 
https://youtu.be/PQ2Iyj-YD8A
https://www.youtube.com/watch?v=PQ2Iyj-YD8A
 

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