segunda-feira, 10 de outubro de 2022

As 'múltiplas personalidades' de Leandro Caçoilo no metal nacional

 Leandro Caçoilo chegou cedo a mais um compromisso. Foi o primeiro da banda a entrar no Café Piu Piu, tradicional casa de shows no coração do Bexiga, na Bela Vista, região central da cidade de São Paulo. "Todo show é diferente e provoca alguma ansiedade. Gosto de chegar cedo e sentir o ambiente."

Ao subir ao palco para a estreia do guitarrista Daniel Fonseca em carreira solo, o cantor acrescentou mais uma marca impressionante em sua trajetória no rock pesado brasileiro, que teve passagens por bandas como Eterna e culmina com a efetivação como vocalista do Viper.

A agenda anda cheia, mas nada indica que vai refrescar neste final de ano e em 2023. Além do Viper e da banda que dá suporte a Fonseca, um guitarrista prodígio de 16 anos, Caçoilo empresta a privilegiada voz às bandas Hardshine e Caravellus - também é professor de canto, com agenda igualmente lotada.

"Todos passamos por momentos complicados durante a pandemia de covid-19 e estamos vislumbrado uma volta mais do que necessária às atividades normais. Sinto-me privilegiado or fazer de projetos legais e grandiosos que estão sendo retomados", diz o músico.

A fase é tão promissora que já projeta o início de uma carreira solo em 2023, provavelmente dentro do hard rock e do heavy metal. Haverá tempo e fôlego para tata atividade? "Sim, a conciliação é bem possível. Requer uma boa organização. Dá trabalho, mas é bem legal me envolver em tanta coisa legal."

Ele dá peso semelhante a todos os projetos, mas não da para não constatar que o Viper, icônica banda de metal nacional na ativa há 38 anos, é a banda que requer a maior atenção. É uma grande responsabilidade substituir Andre Matos, morto em 2019, no posto de vocalista da banda.

"Essa é uma aventura fascinante. Estamos terminando um álbum extraordinário, algo grande e de muita qualidade. Já lançamos três singles do que será o disco 'Timeless' e as respostas têm sido as melhores possíveis", entusiasma-se ao comentar sobre o próximo trabalho.

A voz de Caçoilo caiu como uma luva para o Viper. É poderosa e transmite bastante segurança, diferenciando-se de Matos por conta de um acento bluesy que confere às partes mais tradicionais do power metal do grupo, como na ótima canção "Freedom Speech".

Outra música do trabalho que ganha destaque é a faixa-título, "Timeless". "Foi a primeira música composta para o disco e ela mostra muito o poder de fogo desta nova formação da banda. É um lindo som do Felipe Machado [guitarrista]".

Com a banda Hardshine o trabalho mais recente é do ano passado - o single "Walk Alone". A atual formação tem Caçoilo (vocal), Pedro Esteves (guitarra), Bruno Ladislau (baixo) e Anderson Alarça (bateria). "Walk Alone" foi produzida, mixada e masterizada por Pedro Esteves no Masterpiece Studio.

"Essa é uma linda música do Pedro Esteves, onde a banda consegue se superar com uma ótima atuação. Vale destacar também o belo clipe do cantor Nuno Monteiro", destaca Caçoilo.

No entanto, o grande trabalho recente de Caçoilo é "Inter Mundos", a obra-prima cometida pela banda Caravellus, guiada pela guitarra do excelente Glauber Oliveira. É metal progressivo conceitual da mais alta qualidade lançado no primeiro semestre.

O cantor não esconde o orgulho de ter sido convidado para os vocais principais do álbum. "Fiquei maravilhado com o conceito da obra e com os detalhes que foam incorporados. é uma história densa e cheia de significados, de alto nível e com uma repercussão fora do comum. Será para sempre um dos destaques da minha discografia."

De forma imediata, o mais novo projeto é o vídeo com bastidores do Viper no Rock in Rio 2022, o maior festival da história da música para muita gente. O show aconteceu em 2 de setembro, dia de abertura do evento, na Arena Itaú by TikTok - veja em https://youtu.be/Rq-HwP7HPj0.

"Foi uma honra cantar no Rock in Rio. Momento único da minha carreira, que vai ficar na memória pra sempre", disse Leandro. A formação do Viper conta com Leandro Caçoilo (vocal), Felipe Machado e Kiko Shred (guitarras), Pit Passarell (baixo) e Guilherme Martin (bateria). No show do festival, Guilherme foi substituído por Marcelo Campos temporariamente por conta de uma fratura na perna.

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