domingo, 30 de outubro de 2022

Dias de luta: apesar deles, vencemos e continuamos a resistir

 A avenida Paulista, em São Paulo, a Cinelândia, no Rio de Janeiro, e a Praça Sete, em Belo Horizonte, foram tomadas por milhões de pessoas na noite de domingo (30) e celebração á defenestração do nefasto presidente Jair Bolsonaro (PL), da presidência.

A vitória de Luiz Inácio Lula da Silva foi embalada por canções como "Apesar de Você", de Chico Buarque, "Até Quando Esperar", da Plebe Rude, "Dias de Luta", do Ira!, "Pro Dia Nascer Feliz, do Barão Vermelho, e "Here Comes the Sun", dos Beatles, cantada por George Harrison.

Em clima de final de Copa do Mundo, a parte progressista e que apoio a democracia do povo brasileiro comemorou muito o fim das trevas medievais e a possível de esperança em novos tempos e em uma existência menos traumática, sem ódio ou ameaças diversas à vida, aos direitos humanos e ao meio ambiente, para começar.

O jornalista Fernando Gabeira, ex-petista, ex-Partido Verde e nome importante do ambientalismo brasileiro, foi muito feliz ao comentar, na GloboNews, a derrota de Bolsonaro: "Agora poderemos voltara a respirar, e todos os sentidos.

A derrota do lixo bolsonarista está longe de representar o fim da ameaça fascista em nossas vidas, mas e um alento para que comecemos ao menos a desfazer os excrementos políticos deixado por nefasto presidente e corrigir os rumos de um país à deriva.

Praticamente metade da população optou pelas trevas e pela ignorância, em um aceno fascista à escuridão e contra a democracia. 

É gente que não se importa com a disseminação de fake news, com mentiras de todos os tipos e com a afronta á ciência á educação e á cultura, quando não da democracia. É gente desumana que não vale a pena dar atenção - a não ser para combatê-la com todas as forças. 

Não bastaram os 700 mil mortos pela covid-19 e a postura deliberadamente repulsiva de não combater a pandemia e de abraçar crendices e medicamentos ineficazes. Essa gente é perigosa, como vimos em São Paulo, que elegeu um turista aventureiro capaz de se perder se for solto na avenida Paulista.

O paulista tem orgulho de sua própria ignorância e abraçou o fascismo com fervor, assim como a maioria imensa dos eleitores dos três Estados da Região Sul, cujas credenciais fascistas e discriminatórias vêm de longe.

Lula faça em conciliação em seu governo, e, pacificar o país e governar para todos. Falácia pura de discurso de vitória. Não haverá paz, nem conciliação. 

A guerra será permanente contra as forças do atraso e de retrocesso. Não poderemos estender a mão; quando muito, mostraremos um canhão, bem ao estilo do próprio estilo fascista do bolsonarismo que emergiu dos esgotos.

O golpe institucional de 2016 contra a presidente Dilma Rousseff tornou os dois mundos incompatíveis e inconciliáveis. O conservadorismo medieval de viés fascista sempre esteve à espreita e emergiu dos bueiros e fossas para empestear a vida civilizada e destruir o progresso e a inteligência - coisa típica de países atrasados e mal educados.

A esperança sempre preenche os vácuos em momentos graves, e crises monumentais e que colocam bifurcações perigosas em nossa existência. 

Resistência e resiliência são palavras poderosas e, muitas vezes, resumem a atualidade, mas a vida não pode ser só resistência. 

São 522 anos resistindo e o horizonte melhorou, mas ainda assim temos um futuro nebuloso e sombrio, principalmente se não conseguirmos neutralizar o fascismo latente de metade de uma população que prefere abraçado o passado e a escuridão. 

Apesar de vocês, amanhã e depois de manhã serão outros dias, só que tem sido assim nos últimos 50 anos e nada de o amanhã nos redimir. 

Chega de buscar e ansiar por uma redenção. precisamos de paz de espírito, mas teremos de lutar por muito tempo até que possamos descansar e celebrar um futuro que nunca tivemos e que demorará bastante para termos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário