Marcelo Moreira
“Liberdade sem democracia não existe, e democracia sem liberdade também não” – Tom Morello, ex-guitarrista do Rage Aganst the Machine, em show em São Paulo em 2024.
“Muitas vezes a democracia começa a acabar por causa do medo – medo do novo, medo da incerteza, medo do oposto, do contrário, do estrangeiro” - Steven Levitski, um dos autores do livro “Como as Democracias Morrem”.
A posse Donald Trump como o 47º presidente dos Estados Unidos foi um show de horrores, como se esperava, com uma plateia gigante de apoiadores imbecis lotando os arredores do local da posse, em Washington. Neste ponto, o novo presidente nunca decepciona – sempre faz o que é esperado, principalmente nas presepadas e nos lixos que vomita e nas porcarias quer faz.
Este ano é um marco porque inaugura uma nova era de trevas, com a possibilidade de retrocessos inimagináveis em todo o mundo, e a democracia deverá ser a maior vítima desses novos tempos.
O voto em políticos execráveis de extrema-direita, como Trump, Javier Milei (presidente do Argentina) e Jair Bolsonaro (o nefasto ex-presidente brasileiro) é um indicativo não de indigência intelectual e ignorância, mas de problemas sérios de caráter do eleitor. É mais grave do que simplesmente não saber votar ou votar como protesto.
Votar e eleger um picareta que incentivou um golpe de Estado na maior democracia do mundo é mergulhar a humanidade no pior esgoto possível, além de colocar essa mesma democracia em risco. Será que conseguirão tirar esse mentecapto da presidência em janeiro de 2029?
O voto nessa excrescência é um horror porque faz a elegia da ignorância – assim como o eleitor do Bolsonaro, os de Trump, em sua imensa maioria, se orgulha de sua ignorância, de seus preconceitos e de seu analfabetismo funcional.
Esqueça as bravatas de invadir ilhas geladas no Ártico ou o Canal do Panamá. Trump e a escória que o auxilia no primeiro escalão e a imensa maioria dos apoiadores são negacionistas e deliberadamente torpedeiam iniciativas que visam preservar o meio ambiente. Aposta udo no petróleo e na ampliação de seu uso, em plena contramão do muno civilizado.
A nova administração elegeu os imigrantes ilegais miseráveis coimo inimigos, assim coo todas as minorias, de negos e hispânicos ao mundo LGBTQIA+, A vida dessas pessoas vai piorar mundo.
E o aceno ao fascismo aparece com o perdão a pelo menos 1,5 mil terroristas internos, os vagabundos criminosos que invadiram e depredaram o Capitóli, o Congresso americano, em 6 de janeiro de 3-31, Deverão ser beneficiados os vagabundos condenados e presos, os que esperam a sentença e aqueles que fizeram acordo na Justiça por uma pena menor, como o guitarrista do Iced Earth, Jon Schaffer.
Quer maior bombardeio à democracia do que perdoar e libertar milhares de terroristas que tentaram dar um golpe de Estado incentivados pelo ignóbil presidente que tomou posse?
Incrivelmente, eleitores brasileiros, americanos e argentinos, assim como muitos franceses, têm saudades de um tempo em que não viveram. É uma nostalgia insana em que o preconceitos contra negros, indígenas, estrangeiros, pobres e “inimigos do Estado e da sociedade” era aceito. Imclusive com tolerância à violência total.
Essa gente burra e extremamente ignorante tem medo de novidades, do novo, do diferente e da tecnologia. Acha que tudo isso é coisa da “esyerda”, assim como o empoderamento da mulher, a conquista de espaço e direitos de negros, homossexuais e pobres em geral, e da ampliação de direitos civli e humanos para todos,
Essa gente burra e ignorante quer ser nivelada por baixo ao boicotar a civilização e se orgulhar da própria ignorância. E as eleições de Bolsonaro em 2018 e de Trump em 2016 e 2024 são uma prova incontestável de que a ignorância e a burrice são um enorme perigo para a democracia.
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