Um ano de incerteza que termina com uma apresentação apoteótica no Matanza Ritual Fest e o início de uma carreira internacional.
A banda Malvada, radicada em São Paulo, entra em seu quarto ano cercada por expectativas diante da consolidação depois das turbulências.
Sem sair dos trilhos, a Malvada acertou um contrato com a gravadora italiana Frontiers Records, uma das cinco mais importantes da Europa atualmente e casa de vários projetos de hard rock envolvendo nomes estelares, como Whitesnake e Geoff Tate (ex-Queensryche).
O contrato embute uma mudança de direção artística, já que o inglês se tornará o idioma principal no caminho da internacionalização da marca. O som deve ficar mais pesado para o segundo álbum, que já começou a ser produzido sob o comando do produtor Giu Daga.
Há a expectativa de que o trabalho tenha a supervisão do diretor artístico da Frontiers, o produto e multi-instrumentista italiano Alesandro Del Vecchio, que integra vário projetos bancados e/ou patrocinados pela gravadora.
É um passo gigantesco para um grupo que buscava a consolidação m mercado nacional participando de vários festivais e aproveitando cada oportunidade de para subir em um palco, não importasse o tamanho.
Desde o surgimento, a Malvada deixou claro que era uma banda de palco que se sentia à vontade em bares e pubs. A chance de tocar no Rock in Rio e no Best Blues and Rock não alterou o panorama: o hard rock moderno e bluesy servia tanto para aas casas menores e intimistas quanto aos festivais do Matanza Ritual e Angra.
A banda precisou passar por cima das dificuldades inerentes ao conceito de tocar incessantemente para fixar a marca e arrecadar fundos para a sua autossustentabilidade.
"Vítimas" ficaram pelo caminho e a formação original, que durou três anos, mudou em 2023. Com dificuldade para conciliar o ritmo intenso de shows com ocupações no mundo corporativo, onde ocupavam cargos importantes, a vocalista Angel Sberse e a baixista Marina Langer saíram de forma amigável, avisando com antecedência e facilitando a transição.
Indira Castillo é a nova vocalista e se encaixou de forma impressionante no esquema. Ambientada e entrosada, empregou um clima de maior sensualidade às apresentações, que ficaram mais teatrais. Os vocais não sofreram muitas mudanças - parecidos com os anteriores, mostram a mesma versatilidade.
No baixo chegou a jovem promissora Renata Reoli, da banda Black Velvet, que já abriu vários shows da Malvada. É uma instrumentista com bastante recursos que terá de a missão dura de fazer linhas criativas e marcantes, já que o estilo da banda nunca requereu que o baixo fosse uma base para a guitarra saborosa e pesada de Bruna Tsuruda.
O segundo álbum costuma ser um definidor de caminhos para qualquer artista, e a Malvada enfrenta logo uma mudança ante, em todos os sentidos, na sequência dos trabalho. Os portões do mundo se abriram e agora é hora de expandir os horizontes, O ano novo não poderia ser melhor para a Malvada.
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