terça-feira, 10 de novembro de 2020

Big Blues: transitando em vários caminhos a partir do blues

 Julio Verdi - do blog Ready to Rock

O blues e suas variantes, sempre foram peças fundamentais na família rock and roll. Ao longo das décadas diversas bandas, inclusive no Brasil, têm dedicado suas carreiras a produzir sua arte musical dentre desse estilo. E, de São José do Rio Preto/SP, vem mais um time apostando suas fichas no blues. Formada por músicos experientes, que participaram e participam de diversas bandas nativas da cidade, como Estação da Luz, Sin Box 19, Sr. Male, BR153, Johnnie Rock, A Casa dos Fundos, dentre outras.

Lucas Rocha (voz e guitarra), Junior Muelas (bateria), Vagner Siqueira (baixo) e Victor Hugo (Sax/piano/gaita) mantém o Big Blues ativo desde 2012, e recentemente lançaram o EP “Babe don’t Bother me", com cinco faixas autorais, que mesclam a espinha dorsal do blues com outros estilos. Além disso a banda tem tocada em diversos lugares do estado, levando aos palcos suas criações musicais.

O Ready to Rock conversou com todos os membros da banda, que nos conta um pouco de sua trajetória e de suas atividades atuais.

Big Blues (FOTO: DIVULGAÇÃO)


RR - O Big Blues, após anos tocando no circuito da noite da região, lançou recentemente seu primeiro trabalho autoral, o EP "Babe don’t Bother me". Qual a sensação?

Big Blues -
A sensação de lançar um trabalho é sempre muito boa e também traz novas experiências e bagagem para a banda. Nosso EP foi gravado em 2 dias, no Estúdio Rancho Rockfeller, o disco foi gravado, mixado e produzido pelo Netto Rockfeller que é um dos maiores guitarristas de blues desse país, foi uma experiência muito legal e ficamos muito satisfeitos com o resultado.

RR - A música da banda transita entre os feelings do blues e o jazz. Como esses estilos se enquadram no processo de composição da banda?

BB - Nossas influências são muitas dentro do Blues, artistas com linguagem diferente uns dos outros, um dos objetivos da banda era viajar pelos diversos estilos de blues existentes para trazer sonoridades novas dentro do blues que todos estão acostumados por isso essa sensação de uma mistura entre o blues e o jazz, buscamos muita inspiração no blues tradicional, no chicago blues, no jump blues, west coast, no funk blues e em muitos outros estilos de blues. No fim por absorver vários tipos de Blues se torna natural compor além do convencional.

RR - Algumas faixas flertam também com outros estilos com as referências de soul em “Babe Don t Bother Me” e do southern de “Little Boy”. São outras referências da banda?

BB - Quando estamos compondo, agregamos as influencias dos quatro membros da banda dessa maneira todos acabam trazendo um pouco da bagagem de outros estilos musicais relacionados ao Blues para nossas composições, como o R & B, Motown, Stax, Soul, Southern entre outros.

RR - Sabemos das dificuldades óbvias e do retorno quase zero na prensagem de um disco físico. Além de disponibilizar as faixas na internet, passou pela cabeça da banda prensar mídia físico para este trabalho?

BB - Fizemos uma pequena prensagem de 200 cópias para a turnê de lançamento que passou por São José dos Campos, São José do Rio Preto, São Paulo, Catanduva, Votuporanga, São Carlos, Ribeirão Preto e Olímpia. Essas cópias se esgotaram em 2 ou 3 semanas. Temos sim a intenção de fazer uma prensagem maior, mais aí chegou a pandemia então resolvemos esperar.

RR - Sabemos que o mundo parou desde março. Mas como estão os movimentos da banda?

BB - Fizemos nosso último show dia 17 de março na “Terça Blues”, do Vila Dionísio em Ribeirão Preto. De lá pra cá, lançamos um single no formato de collab da música "My Babe" com a participação do nosso grande amigo e guitarrista Netto Rockfeller, fizemos também uma live em agosto que foi muito legal e estamos trabalhando nas canções do nosso próximo disco.

RR - Há planos para futuras novas gravações autorais?

BB - Lançamos recentemente o single da música "My Babe" e estamos finalizando as canções do nosso próximo disco que pretendemos começar a gravar até o final desse ano para lançar ano que vem.

RR - Em Rio Preto, tem muita gente dedicando seu trabalho nos moldes do blues. Como é levar essa música ao vivo, onde mais predomina o pop-rock e o classic rock (normalmente em covers)?

BB - O blues é um estilo musical muito bem aceito entre os ambientes de rock clássico e pop rock, e apesar de diferente do que muitos podem achar, existe um público muito interessado em blues na cidade, por exemplo no último festival em que tocamos junto do pessoal da Bebop Blues tivemos os ingressos esgotados, muitos nomes na lista de espera, e todos estavam muito empolgados com o som das bandas que tocaram naquela noite.

RR - Vocês têm feito algumas pernas do circuito SESC, ao longo dos últimos anos. É uma estrutura legal este tipo de palco?

BB - A estrutura do SESC sempre é legal, mesmo quando as apresentações são fora das unidades. O SESC também é um dos maiores responsáveis pela disseminação do Blues, promovendo festivais há muitos anos e fomentando a cena.

RR - Vimos que vocês já tocaram com nomes conceituados da música nacional, como Blues Etílicos, Celso Blues Boy, André Christóvam e Golpe De Estado. Como essas experiências atuou na bagagem do Big Blues?

BB -
É muito legal e gratificante tocar com artistas que sempre nos influenciaram.

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