Notas roqueiras: Pitty, Braza, Gabrre, Finita...

Pitty (FOTO: DIVULGALÇÃO)

- “É um resgate de identidade, é uma retomada. É uma ocupação de uma coisa que é nossa, que é nossa cultura. Porque é isso: ou você respeita a existência ou espere resistência”. Com essa declaração, Pitty abre o documentário “MATRIZ.doc”, que passeia pela jornada da cantora e compositora desde o início de sua história na música. A obra, dirigida por Otavio Sousa, conta com uma trilha sonora original criada pelo guitarrista Martin Mendonça. As quatro músicas criadas por Martin são inteiramente instrumentais, e ajudam a compor diferentes cenas do documentário. Para tanto, o guitarrista usou diferentes canais e efeitos que dialogam entre si. Desde loops e reverbs na contemplativa “Dos Perigos” a riffs reproduzidos de trás para frente em “Desdobramento”. Esse não é, porém, o primeiro trabalho instrumental do músico, que recentemente lançou o álbum “Martin, Kishi & Gui, Vol. 1” com seus colegas de banda, Gui Almeida (baixo) e Paulo Kishimoto (teclados). “MATRIZ.doc” está disponível no GNT Play, trazendo os bastidores da gravação de “MATRIZ” (Deck/ 2019), mais recente álbum de Pitty. Além disso, o filme mostra a artista revisitando sua carreira ao mesmo tempo que se joga no mundo em busca de novas influências.

- O Braza homenageia uma das nossas grandes bandas com sua versão de “Ando Meio Desligado”. Lançada originalmente no álbum d’Os Mutantes "A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado" (Universal Music/ 1970), a música ganha uma nova roupagem sob os arranjos do quarteto carioca e já pode ser ouvida em todos os aplicativos de música, pela Deck. Eternizada na voz de Rita Lee, “Ando Meio Desligado” (Arnaldo Baptista/ Rita Lee/ Sérgio Dias) é frequentemente incluída em listas de melhores canções da música brasileira, trazendo uma mistura de psicodelia e tropicália acompanhada de versos que refletem sobre uma existência desconexa em tempos de repressão. Cinco décadas depois, Danilo Cutrim (guitarra e vocal), Pedro Lobo (baixo), Nícolas Christ (bateria) e Vitor Isensee (teclados) homenageiam Os Mutantes criando uma ponte entre as duas eras e regravando o clássico no ritmo do reggae. A escolha da faixa não surpreende, já que o Braza tem seu conceito baseado na mensagem de amor, união e reflexão — uma abordagem contemporânea da antropofagia e da amálgama anteriormente propostos pela própria Tropicália.

- Gabrre, cantor e compositor gaúcho de 22 anos, de Gramado, na Serra Gaúcha, lança elephants, single que fala sobre as dores de um relacionamento instável. A música estará no álbum Tocar em Flores Pelado, que será lançado pelo selo Honey Bomb Records, no fim deste mês, e ganhou videoclipe dirigido pelo artista, assista aqui. “‘elephants’ é uma música esquecida da Urso Polar, minha antiga banda de adolescência. Às vezes, quando brigamos, não queremos acertar as coisas, apenas deitar e abraçar calados, principalmente em um relacionamento instável”, explica Gabrre. Ouça em https://braza.lnk.to/AndoMeioDesligadoPR

- A banda gaúcha Finita participará da primeira edição do Horror Fest and Freakshow, festival que acontecerá nesta sexta, dia 13 de novembro, no canal da banda Final Disaster, organizadores do evento. A proposta do festival se difere de outros festivais que estão sendo realizados, tendo como foco bandas que apresentam uma temática obscura. Além disso, o festival ainda trará ilustrações, exibições de curta metragens e maquiagens, tudo embalado num clima de terror. O Horror Fest and Freakshow terá início às 19h da sexta-feira, com bandas de diversos países. Ao lado do Finita estarão as bandas Final Disaster (Brasil), Chaoseum (Suiça), Deathless Legacy (Itália), Maldita (Brasil), Chaos Synopsis (Brasil), Reignsaw (Suécia), Regurgimentação Necrovaginal Sangrenta (Brasil), Splintered Halo (Escócia), AnamA (Brasil), Zumbi Holocausto (Brasil), Spleenful (Brasil), Sanguine Glacialis (Canadá), Aetheric Existence (EUA), Debauchery (Germany) e Slashy Sue (Sweden). Confirme presença:
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