Marcelo Moreira
Mais do que festa, alívio. O mundo do rock, em sua maioria, saúda a derrocada de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Os festejos são mais pela derrota do que pela vitória do adversário - que poderia ser qualquer um, desde que enxotasse o lixo autoritário e fascista da Casa Branca.
É um alento, uma perspectiva menos ruim para um futuro próximo. Joe Biden representa um "retrocesso" a um mundo mais humano, mais tolerante, mais decente. Um mundo onde um presidente americano negro tinha mais considerações a respeito da convivência mais ou menos cordial entre os povos.
O mundo do rock tomou posição majoritariamente a favor de Biden e da democracia. Comemora o que pode ser um novo período de incentivo à tolerância e à divergência em níveis civilizados.
Astros ingleses, como Jon Anderson (ex-Yes), não esconderam o orgulho e a esperança de novos tempos em direção a uma vida melhor, com Trump fora, assim como a escória que o apoia.
Não sei se é para tanto, mas o sentimento de esperança contagia e revigora. E é interessante ver a retração das forças do atraso em todo o mundo, recolhidas tentando entender o que aconteceu e projetar um futuro menos ruim.
Não teremos o fim do negacionismo, o fim do orgulho da própria ignorância, do autoritarismo e das tentações fascistas de atentar contra a democracia e a liberdade de expressão. Mas certamente esse medievalismo sofrerá um freio.
É impagável ver músico brasileiro fascista e bolsonarista chamar Joe Biden de comunista. É impagável ver outro imbecil deste tipo desejando racismo ao temer que a "América" se torne uma terra de chicanos.
É o bolsonarismo raiz, preconceituoso e burro, racista até a medula óssea, prevendo o começo do fim de seu presidente nefasto que empesteia Brasília.
Com as seguidas denúncias de corrupção o entorno de Bolsonaro e indiciamentos e processos contra seus filhos, para não falar da imensa incompetência administrativa, o naufrágio do lixo de governo brasileiro parece muito mais plausível que há algum tempo.
Que a onda de esperança tome conta de nossas infelizes terras para expulsar o fascismo de vez junto com o pior lixo evangélico que o apoia.
Será lindo ver a cara de decepção dos artistas bajuladores de protofascistas com o esfarelamento do poder dos arautos da burrice e da ignorância.
Bravo, Marcelo. Abaixo o evangelismo! Abaixo o fascismo! Abaixo a ignorância política! Fora Bolsonarismo para sempre!
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