segunda-feira, 5 de junho de 2023

A explosão do Extreme e a eficiência de Goo Goo Dolls no Best of Rock and Blues

 Não foram poucos os que reclamaram da escalação do Extreme dos Goo Goo Dolls no Best o Blues and Rock Festival. O que bandas nem tão badaladas de pop e hard rock poderiam acrescentar um evento sempre associado á excelência musical?

Energia e diversão foram as respostas. O Extreme deu o toque de festa que o evento precisava e que tinha começado muito bem com as brasileiras da Malvada, banda em ascensão do cenário nacional e que abriu o primeiro dia de festival.

Com uma vontade de marcar presença e reviver os anos 90, o Extreme misturou canções novas e clássicos de seu repertório e agradou bastante. Não tinha como dar errado, como comentou o guitarrista nuno Bettencourt horas antes, em entrevista coletiva.

O Extreme é uma banda que teve um relativo sucesso mesmo com o furacão grunge demolindo tudo, mas não resistiu às mudanças de mercado. Foram muitas idas e vindas, com direito a uma passagem pelo Van Halen por parte do vocalista Gary Cherone, mas a banda estava fadada a seguir em frente.

A inspiração do Van Halen é evidente, mas o som do Extreme está menos hard e mais acessível, mais funkeado e grrovado. Ao vivo, ganha um molho especial por conta de uma percussão eficiente e variada e uma guitarra que alia peso e versatilidade. 

"Get the Funk Out" tirou todo mundo da pasmaceira e "More Than Words", uma das baladas mais conhecidas da história do hard rock, deu o tom pop que faltava ao festival.

Pouco conhecido por aqui, os Goo Goo Dolls apostaram em um show movimentado e divertira a plateia que esperava por outros artistas. Muita gente foi só para vê-los, e não se arrependeu.

A balada "Iris", a grande canção de sua carreira, não resume a banda, é óbvio, mas houve surpresa com a apresentação de músicas talhadas para os shows ao vivo.  Nada que seja muito memorável, mas de grande eficiência.

Mesmo as músicas mais introspectivas, dos discos "Chaos in Bloom" e "Miracle Pill" tiveram boa receptividade. "Mais de 30 anos de carreira tinham de resultar em alguma coisa boa", brincou o vocalista e guitarrista John Rzeznik na entrevista coletiva ocorrida horas antes.

Ele voltou a destacar que sente orgulho de seu trabalho por mais que digam que é uma "banda de um hit só". "A música 'Iris' é o nosso hit e, graças a ela, de certa forma, estamos aqui no Brasil e continuamos fazendo música com qualidade".


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