quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Ego Kill Talent encerra trilogia com EP que trilha o álbum conceitual

 Marcelo Moreira

Ego Kill Talent (FOTO:DIVULGAÇÃO)

No capítulo "Gente que Trabalhou e Criou Muito na Pandemia", a banda paulista Ego Kill Talent foi uma das que liderou o quesito. Profundamente afetada pela devastadora covid-19, perdeu oportunidades de turnês internacionais importantes com grandes nomes do rock e teve de reavaliar métodos de trabalho e cronograma de lançamentos.

E eis então que o grupo ressurge com a terceira parte da trilogia "The Dance Between Extremes" - projeto registrado na Califórnia, nos Estados Unidos, no estúdio 606, da banda Foo Fighters. São três EPs que dão forma a um álbum completo, uma forma diferente de divulgação.

Com o primeiro EP da tríade lançado em junho de 2020, o disco tenta aliar músicas à inovação audiovisual e criação de personagens com narrativas bem definidas. Álbum conceitual? Não é um termo que agrada a banda, mão dá para ignorar totalmente esse "conceito".

Em conversa com o Combate Rock no ano passado, guitarrista e baixista Theo Van der Loo já adiantava essa nova forma de trabalhar da banda e exalava otimismo em relação ao que estava por vir.

"Trabalhamos bastante para manter as conquistas recentes e certamente os próximos trabalhos serão reflexo do que vivenciamos neste período. Em nenhum momento paramos de criar e trabalhar e muita coisa está nas novas canções. Se pensarmos em álbum, será o nosso segundo e estamos bem satisfeitos com o material", afirmou o músico.

Composto pelas inéditas “Starving Drones (A Dinner Talk)”, “Our Song”, “Diamonds and Landmines”, “Beautiful” e “The Reason”, o último EP da trilogia propõe uma imersão no imaginário do álbum, impulsionada pelas histórias fictícias desenvolvidas pelos integrantes.

“A Grace [protagonista desta produção] é filha do Tommy, protagonista do vídeo de ‘The Call’” (assista aqui), conta o vocalista Jonathan Dörr, que, ao lado de Theo Van Der Loo (baixo e guitarra), Jean Dolabella (bateria e guitarra), Raphael Miranda (bateria, baixo e guitarra) e Niper Boaventura (guitarra e baixo), integra o conjunto conhecido por trocar de instrumentos durante os shows. “Deliverance” (assista aqui) é o videoclipe que dá suporte ao novo EP.

A música do conjunto envereda por hard rock que usualmente é rotulado como "alternative rock" nos Estados Unidos. Contando com músicos experientes, chamou a atenção de muitos empresários e promotores de shows internacionais, o que colocou a banda em outro patamar, a ponto de abrir apresentações do Metallica quando ainda vivíamos em um mundo normal.

Com apoio de profissionais de alto calibre em todas as fases de seu trabalho, principalmente na administração da carreira, a banda atraiu comentários maldosos a respeito do que estrá sendo considerado um "suposto sucesso turbinado por muita grana". 

As maldades chegaram até a uma comparação cheia de veneno com a banda Malta, outra vítima da inveja alheia e que teve de reconstruir a sua imagem por conta de algumas decisões polêmicas e trocas de integrantes.

Theo Van der Loo prefere sempre olhar para frente e para as inúmeras oportunidades a serem conquistadas. "O trabalho aumenta em tempos de pandemia, pois precisamos nos desdobrar para manter tudo funcionando sem fazer shows. Nunca foi foi fácil e nem será, e quem trabalha neste meio, no Brasil, sabe disso."

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