quarta-feira, 8 de março de 2023

Autoramas festejam 25 anos de carreira e representam o 'underground' que faz sucesso

 Como é possível uma banda brasileira underground, com pouca presença na mídia hegemônica, cantando em português, fazer sucesso por 25 anos no exterior?

A banda carioca Autoramas é sinônimo do rock underground que deu certo. Pena que é uma exceção no combalido rock nacional, que vê o bom desempenho bom no exterior de outros poucos expoentes - Boogarins, Macaco Bong, Far From Alaska, Crypta, Nervosa, Electric Mob e quem mais?

O guitarrista e vocalista Gabriel Thomaz está eufórico com a festa dos 25 anos, que ocorrerá em São Paulo no dia 24 de março, na Associação Cecília. será a celebração com show ao vivo mostrando clássicos e hits dos nove álbuns lançados.

"Quem vê a gente tocando no exterior acha que estamos surfando em altas ondas e que estamos no topo. Ninguém sabe o quanto ralamos e o quanto tivemos de batalhar por espaço e por prestígio para tocar em 23 países em 47 turnês pelo mundo", disse certa vez o músico ao Combate Rock.

É simplista e reducionista demais dizer que o sucesso dos Autoramas no exterior é improvável, além de injusto. Entretanto, a trajetória da banda arranca admiração fora do Brasil pelo profissionalismo e pela qualidade do trabalho - e pela ação incansável de Thomaz.

Por outro lado, é necessário reconhecer que o desempenho da banda e o prestígio adquirido são exceção diante de um mercado depredado e sacrificado pelo desmoronamento da indústria fonográfica e pandemia de covid-19.

Os arautos do liberalismo e do "faça você mesmo" costumam usar a banda como exemplo de que "nunca foi necessário ter gravadora" e que "basta ter talento e saber fazer direito" para que os resultados apareçam. Se isso fosse verdade, ao menos outras 105 bandas trilhariam o mesmo caminho e estariam se beneficiando dos resultados, qu são para poucos (infelizmente).

É recorrente ouvirmos muita gente buscar explicações pela autossuficiência dos Autoramas e seu prestígio no exterior. São várias teorias, quase nunca conclusivas. Gabriel Thomaz mesmo não se importa muito com isso. O importante é trabalhar muito e celebrar.

Serviço

Dia 24 de março

Associação Cecilia! @ceciliacultural

Rua Vitorino Carmilo, 449, São Paulo - SP - 19h

R$ 50 na porta R$ 35 antecipado pelo e-mail ingressosautoramas@gmail.com

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