O guitarrista mais veloz do mundo e aquele que tinha o feeling mais apurado no rock. Essa era a fama de Lee, o líder do Ten Years After, um dos gigantes do blues rock inglês - era o guitarrista, vocalista e compositor do quarteto que teve a sua fase mais brilhante entre 1967 e 1974.
Faz dez anos que o instrumentista morreu, aos 68 anos, devido a complicações ocorridas em cirurgias cardíacas, além do agravamento da saúde por conta de problema de circulação. Tardiamente, foi considerado um dos gênios da guitarra.
Eram tempos de concorrência bravíssima – Eric Clapton, Jeff Beck, Jimmy Page, Jimi Hendrix, Rory Gallagher, Mick Taylor, Peter Green, Steve Howe, Keith Richards, Pete Townshend, Peter Frampton, Robbie Krieger, Robert Fripp e muitos outros - e, para se destacar na cena britânica, era preciso ser excelente e fazer algo de diferente.
Extremamente técnico e virtuoso, Alvin Lee e seu quarteto optaram por um estilo mais pesado de blues, antecipando o que se tornaria conhecido como blues rock. Foi a maneira que encontraram para se diferenciar do blues tradicional de John Mayall, do purismo exagerado do Fleetwood Mac e do experimentalismo blueseiro do Canned Heat.
O Ten Years After foi mais uma das grandes bandas injustiçadas, ao lado de artistas como Robin Trower e Rory Gallagher. Apesar da qualidade altíssima de seu trabalho, sofreu com a enorme concorrência dos grandes nomes da época e com o surgimento de grupos iniciantes, como o Queen.
Extremamente técnico e virtuoso, Alvin Lee e seu quarteto optaram por um estilo mais pesado de blues, antecipando o que se tornaria conhecido como blues rock. Foi a maneira que encontraram para se diferenciar do blues tradicional de John Mayall, do purismo exagerado do Fleetwood Mac e do experimentalismo blueseiro do Canned Heat.
O Ten Years After foi mais uma das grandes bandas injustiçadas, ao lado de artistas como Robin Trower e Rory Gallagher. Apesar da qualidade altíssima de seu trabalho, sofreu com a enorme concorrência dos grandes nomes da época e com o surgimento de grupos iniciantes, como o Queen.
A saída poderia ter sido os Estados Unidos, mas ninguém conseguiu explicar o porquê de a banda não ter estourado por lá. Era respeitada, tinha um público cativo, mas nunca arranhou o prestígio do Led Zeppelin ou do Cream.
Alvin Lee também sofreu com o preconceito por conta de sua técnica absurda e os detratores difundiram a ideia de que era um "atleta do rock", ou seja, privilegiava a velocidade e os dotes que o tornavam habilidoso em detrimento da música - algo que ocorreu também com Malmsteen em sue começo nos Estado Unidos.
Basta ouvir cinco segundos de clássicos como "I'm Going Home", "Woke Up This Morning" e "Hear Me Calling" para entender o som de Lee e seu modo de tocar. Também são suficientes para admirar o som extraído por sua guitarra fantástica.
Como não admirar as suas performances em álbuns como "A pace in Time", "Watt" e "Cricklewood Green", álbuns clássicos do Ten Years After?
A cada relançamento dos álbuns em CD e em streaming a qualidade de Alvin Lee se agiganta. Subestimado, mas não ignorado, o guitarrista inglês permanece como um dos músicos mais influentes do rock e do blues rock.
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