Na onda de relançamentos comemorativos, o Black Sabbath chama a atenção com uma nova edição de "Reuniou", o álbum ao vivo que registrou o retorno de Ozzy Osbourne à banda depois de 18 anos, em 1997. O relançamento celebra os 25 anos da obra.
Embora seja o registro de um momento histórico, não é item obrigatório nas discografias de quem gosta de rock, embora seja bastante interessante.
Quando foi lançado, em 1998, em CD duplo, havia duas músicas de estúdio inéditas e compostas especialmente para este lançamento, "Psycho Man" e "Selling My Soul", com o baterista original, Bill Ward. A banda só gravaria material inédito em álbum 15 anos depois em "13", o último trabalho do Black Sabbath.
Ozzy saiu do Black Sabbath pela primeira vez em 1978 após muitas brigas e divergências com os companheiros. O Black Sabbath tentou seguir em frente cm frente cm Dave Walker, ex-cantor da banda de blues Savoy Brown, mas não deu certo.
Convencido a voltar, Ozzy não durou nem um ano e acabou demitido em 1979, época em que enfrentava um divórcio e a morte do pai.
No ano seguinte, já namorado a empresária Sharon Arden (depois Sharon Osbourne), engatou uma carreira solo de sucesso, enquanto no Black Sabbath chamava Ronnie Jame Dio para gravar dois álbuns sensacionais.
Ao longo do tempo, Ozzy Osbourne foi lentamente se reaproximando dos antigos amigos, tanto que tocaram juntos duas vezes entre 1979 e 1997: no concerto beneficente Live Aid, em Londres, em 1985, e no então suposto concerto de despedida da música de Ozzy, em Costa Mesa, n Califórnia, em 1992.
Foi em 1996, que Sharon Osbourne, então casa com Ozzy e conduzindo a carreira dele com mão de ferro, propôs ao quase falido o Black Sabbath a volta da formação original. mas desde que sob suas condições.
O guitarrista Tony Iommi, então detentor da marca, cedeu e os quatro integrantes da formação original e clássica voltaram a fazer shows juntos em 1997, ainda que Bill Ward apresentasse problemas crônicos de saúde (Vinny Appice, o baterista que tocou na banda entre 1980 e 1982, foi contratado para ficar na "reserva" e assumir se fosse preciso).
Apesar disso, o grupo fez um turnê mundial que transcorreu sem incidentes e foi ua das mais lucrativas de todos os tempos, e que rendeu o CD duplo ao vivo.
"Reunion - 25th Anniversary Expanded Edition" é um trabalho honesto, mas "certinho demais", ou seja, com uma pós-produção pesada que corrigiu tudo. Quem viu ao vivo os shows nos Estados Unidos percebeu que Ozzy Osbourne não estava e grande forma artística, com vacilos ao tentar lembrar as letras e coa voz cansada após uma hora de concerto.
mesmo certinho demais, é ótimo ver e ouvir Ozzy no palco cantando clássicos como "War Pigs", "Snowblind", "Into the Void", "Paranoid" e uma versão envenenada de "Sabbath Bloody Sabbath".
Tem também a maravilhosa "Children of the Grave" em versão pesadíssima, e algumas surpresas, como a curiosa "Dirty Woman" e a cult "Spiral Architect", além de uma relíquia dos primeiros tempos da banda, "Behind the Wall of Sleep".
As canções então inéditas e composta para a ocasião, "Psycho Man" e "Selling My Soul", aparecem em suas versões originais e em remixes que nada acrescentam, já que as duas canções são apenas razoáveis - em tempos de bonança, jamais apareceriam em qualquer álbum da banda.
Clique aqui e ouça - https://open.spotify.com/intl-pt/album/0LKOlxflzwKoZerUQLtSmJ?go=1&sp_cid=ead17045c754d4730ad79f1caafa6709&utm_source=embed_player_p&utm_medium=desktop&nd=1
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