O álbum anterior, "Deus Picio", em inglês, era mais pesado e revelava uma influência de sons ingleses mais contemporâneos. "Cuidavo Você" tem uma sonoridade mais limpa e mais pop, quase dançante, ainda que esteja be alicerçado no som mais pop, lu seja, mais acessível e direto.
A banda adota o português para fazer um punk rock moderno e encharcado de riffs ora pesados, ora mais velozes e quebtes. O ritmo é frenético, com 12 músicas com melodias interessantes, esmo sendo bem curtas.
Todo mundo canta na banda, o que confere um aspecto e inusitado - formam o grupo Dani Buarque (guitarra e vocais), Ale Labelle (guitarra e vocais), Joan Bedin (baixo e vocais) e Thiago Coiote (bateria e vocais).
Abordando temas coo liberdade individual e engajamento/empoderamento feminino, o quarteto mergulha no apoio a causas progressistas, como na ótima "Atear" e na direta "Não Dá".
O cotidiano da juventude do século XXI também tema recorrente e urgente, em especial para os garotos e garotas que transitam no mundo LGBTQIA+, como "Aquela Mina", com uma letra composta sob a perspectiva feminina do flerte e da conquista de uma garota.
Além do mundo amoroso e dos relacionamentos, The Mönic mostra bom humor em "Bateu" e "Sabotagem", embora nem sempre o assunto seja leve.
A sonoridade punk está mania e é responsável pelo colorido diferente que as guitarras conferem às músicas, além de beliscar o pop em algumas passagens de suas músicas. O arriscado projeto de "Cuidado Você", em termos artísticos e estéticos, é muito bem-sucedido.
'"uando tomamos essa decisão de cantar em português sabíamos que haveria consequências. Perdemos alguns fãs que gostavam da sonoridade mais antiga, mas ganhamos outros, e ampliamos as possibilidades", afirma Dani.
Os resultados, para ela, têm sido animadores, já que as característica básicas foram mantidas - um som ainda com cara de alternativo, mas mais próximo do rock nacional, embora mais direto e um pouco mais dançante.
É o tipo de som que a banda credita que seja mais adequado para atrair um público mais jovem, aquele que anda mais distante do rock? "O mundo mudou e as pessoas ouvem música de formas diferentes. Os artistas estão aprendendo novas formas de se conectar com seus públicos e isso passa também por entender os hábitos e s vontades dos mais jovens. É um desafio constante e, cantando hoje em português, a comunicação fica mais e direta, aumentando o engajamento."
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