Malvada vislumbra um futuro acelerado e com um som mais pesado

Uma revolução em pleno voo. É o que promete a banda Malvada no bojo das mudanças importantes que ocorreram em todos os sentidos em 2023. O que não muda é a base do planejamento: fazer a melhor música possível com descontração e prazer.

Em uma live que se tornou uma espécie de entrevista coletiva nas redes sociais, as quatro meninas da Malvada esconderam mais do que revelaram sobre o futuro imediato, mas deram algumas indicações, a maior delas a respeito do direcionamento musical: o som deve mudar, e provavelmente ficará mais pesado.

O grupo já decidiu que segundo álbum terá a produção de Giu Daga, um nome bastante respeitado no Brasil e ganhador de três prêmio Grammy Latino por trabalhos com Titãs, NX Zero e CPM22.

Foi ele que deu um verniz mais moderno e um hard rock mais pesado para a Malvada no single "Perfeito Imperfeito", o primeiro depois do lançamento do álbum "A Noite Vai Ferver" e o ultimo com a voz de Angel Sberse. O som aparece mais encorpado e em mais rock and roll.

Por enquanto, as mudanças de formação não devem alterar de forma significativa o planejamento do segundo álbum e o calendário de shows. A agenda cada vez mais pesada, com o significativo crescimento das datas - e que foi um dos motivos das saídas de duas integrantes da formação original - deverá ser ainda mais incrementada.

"Estamos com muitas mudanças programadas nos próximos meses, e vamos divulgar aos poucos", afirmou a guitarrista Bruna Tsuruda. "Nesta nova fase nosso som será bastante impactado, teremos uma sonoridade mais definida e mais caracterizada."

Já a vocalista Indira Castillo reforçou que as mudanças serão bastante perceptíveis no novo material de estúdio, mas também ao vivo já na reta final de 2023. Elas acrescentaram algumas versões de bandas de metal para encaixar no repertório, como canções de Iron Maiden, Judas Priest, Metallica e Black Sabbath, indicado que a banda deve ficar mais pesada em todos os sentidos.

Formada em 2020, antes da pandemia de covid-19,a Malvada se tornou uma banda "virtual" por conta do isolamento social. O empresário e produtor Tiago Claro sugeriu à cantora Angel Sberse, ex-Bendicta, que criasse uma banda só com mulheres fazendo rock pesado em português.

Com a chegada da guitarrista Bruna Tsuruda, as duas fizeram audições com três musicistas até chegar à baixista Marina Langer e a baterista Juliana Salgado, indicada por Nina Pará (Ronaldo e O Impdidos, ex-Kavla).

Centenas de shows por bares acanhados e também em palcos estrelados, como Rock in Rio e Best o Blues and Rock, as meninas conceberam o elogiado "A Noite Vai Ferver", CD que catapultou o quarteto para o time de revelações do rock de 2021.

Os três anos intensos cobraram o seu preço, no entanto. A vocalista Angel Sberse dificuldades em conciliar o palcos como tralho de gerente comercial em uma multinacional do setor agrícola e anunciou a sua saída em junho passado. para seu lugar veio a impressionante Indira Castillo, com uma experiência de classic rock, hard rock, blues e jazz.

A banda mal se acostumou com a nova vocalista e teve de passar por outra mudança: a baixista Marina Langer alegou problemas pessoais e incompatibilidades pessoais e anunciou a sua saída no começo de outubro.

Rapidamente a Malvada se recompôs efetivando Rafaela Reoli, que também toca na banda Black Velvet, especializada m músicas do classic rock executadas por mulheres ou bandas com mulheres vocalistas.

Olhando pelo lado das experiências das novas integrantes, faz todo o sentido que o som mude e fique mais pesado, algo bem ao gosto da guitarrista Bruna Tsuruda, uma fanática por Ritchie Blackmore, o guitarrista que findou o Deep Purple e o Rainbow.

O futuro continua promissor para a Malvada, uma das gratas surpresas dos último anos no rock brasileiro, ams a agenda pesada de shows para custear a existência e o sucesso até agora já fez duas "vítimas". É um preço bem alto para manter acesa ar chama do sonho de fazer música autoral no Brasil. Que essa persistência seja recompensada, pois a banda é ótima.