A primeira vitória foi ser recebido pelos presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília, no Palácio do Planalto. A segunda, em terras brasileiras, foi soterrar a aliança entre bolsonaristas e judeus irados pelo apoio histórico do artista aos palestinos, passando por cima de "boicotes virtuais" à turnê brasileira.
O músico inglês Roger Waters volta ao Brasil para sete shows e, aparentemente, mais leve - mas não menos contundente. Já não há mais a ameaça fascista no Brasil, ao menos por enquanto, ele pôde se manifestar do jeito que quis no palco, ignorando os patrulheiros imbecis de sempre.
Na passagem pelo Palácio do Planalto e nas entrevistas aos veículos de imprensa oficiais do governo federal, ele novamente mostrou a solidariedade ao povo palestino, que está sendo massacrado impiedosamente pelas forças armadas de Israel. "Meu coração está em Gaza", declarou o ex-integrante do Pink Floyd visivelmente emocionado.
Foi o que bastou para que eia dúzia de tontos para tentar um boicote ao músico e aos seus shows por aqui. Pena que os desinformados perpetradores do boicote não souberam que as sete apresentações estão com ingressos quase esgotados.
Se Waters não mencionou diretamente o horrendo ato terrorista do Hamas contra civis israelenses - não condenou diretamente o grupo terrorista -, deixou claro que abomina qualquer tipo de violência, especialmente a política.
Progressista e ativista, o baixista e vocalista inglês apoia a causa palestina desde o anos 70, ao lado de personalidades como a atriz inglesa Vanessa Redgrave.
Acusado de antissemita, ele sempre foi claro, como nesta entrevista à TV Brasil para o jornalista Leandro Demori. "Sou antifascista, progressista e a favor dos direitos humanos. O povo palestino é oprimido. Nada tenho contra os israelense, mas com as posturas do Estado e dos governos israelenses."
Ele foi um do primeiros a denunciar o que chamou de "guetificação" de Gaza, um território de 385 km², área menor do que a do município de São Bernardo do Campo (SP), mas com 2,5 milhões de habitantes. No conflito permanente entre Israel e palestinos, Gaza foi cercada por muros e seus habitantes confinados em gueto, precisando de autorização para entrar e sair do pequeno território.
Cancelamento cancelado, restou a vergonha aos imbecis de xingar Waters de antissemita, nazista e apoiador de terrorista, Ignorando essa matilha de seres hidrófobos e irrelevantes, Roger Waters inaugurou a turnê em Brasília com um show elogiado e pontuado por declarações políticas.
Ele venceu de novo, e deixou claro que sue show também é engajado e político, chamando presidentes americanos de vários períodos de criminosos de guerra, além de bater forte nos ditadores de plantão que empreendem guerras diversas.
O poder do boicote é enorme, especialmente nas democracia, mas só dá frutos e resultados quando empreendido em causas justas e antiopressivas. Judeus sionistas e bolsonaristas/fascistas empedernidos terão de se esforçar muito mais para arranhar a imagem do baixista inglês.
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