Os boatos não eram boatos, e a banda conduziu a volta de seu ex-líder e fundador de forma discreta e surpreendente. O ótimo Mike Mangini, seu substituto, foi elegant e agradeceu pelos 13 anos de convivência na banda no mesmo comunicado que informou sua saída.
A decisão da banda e de Portnoy teve impacto imediato no mesmo dia de seu anúncio: músicos amigos que tocavam com ele em vários projetos se adiantaram e, com vários grais de ironias, parabenizaram o baterista e a banda. Ao menos três bandas importantes e com trabalhos consistentes devem acabar ou voltar em longo prazo, deixando alguns músicos na berlinda.
A primeira que implodiu, mas também por outros motivos, foi a Sons of Apollo. O excelente quinteto de metal progressivo foi craido por Portnoy e o tecladista Derek Sherinian por volta de 2015. os dois se conheciam do Dream Theater,, onde o tecladista tocou de 1994 a 2000. Completavam o time o baixista Billy Sheehan (Mr. Big), o guitarrista Ron "Bumblefoot" Thal e o vocalista Jeff Scott Soto (SOTO, ex-Journey e Yngwie Malmsteeen).
A banda tocou no Brasil há alguns meses sem Sheehan, que não se vacinou contra a covid-19 e não pôde entrar no país. Felipe Andreoli, do angra, o substituiu muito bem. Algumas datas internacionais da banda tiveram se der canceladas o reagendadas por conta do "problema" do baixista.
Antenado em relação aos boatos de Portnoy e Dream Theater, Thal concedeu entrevistas no final de setembro insinuando que a banda tinha acabado fazendo referências veladas ao comportamento de Sheehan.
No dia do anúncio da volta do baterista ao Dream Theater, foi vez de Soto se manifestar nas redes sociais. Parabéns a Mike e à banda, a reunião faz todo o sentido. É surpreendente acordar e dar de cara com uma notícia dessas", escreveu, indicando que não tinha sido avisado com antecedência e que o fato praticamente "enterra" o Sons of Apollo. Ele e Thal ocam em um projeto paralelo chamado Art of Anarchy. Sins of Apollo lançou dois álbuns de estúdio e um ao vivo, além de um DVD.
Outra banda que deve acabar é The Winery Dogs, que acabou de fazer uma turnê mundial para divulgar "III", o terceiro disco. O trio de hard rock existe desde 2013 e surgiu da união de Portnoy e Sheehan com o guitarrista e vocalista Richie Kotzen.
De todos os vários projetos de Portnoy, esse é o que teve maior sucesso comercial, e a atual turnê teve locais escolhidos a dedo para evitar restrições sanitárias que afetassem o baixista antivacina.
Ainda resta o Flying Colors, que está arado há algum tempo e não deve mais se reunir. Toam nele, além e Portnoy, o seu criados, o vocalista, tecladista e guitarrista Neal Morse (Neal Morse Band), o guitarrista Steve Morse (ex-Deep Purple e Dixie Dregs), o vocalista e guitarrista Casey McPherson (Alpha Rev) e o baixista Dave La Rue.
Com o Flying Colors, de orientação mais pop, Portnoy lançou três álbuns de estúdio e três ao vivo. Mike Portnoy ainda integrava o Transatlantic, qu fundou em 1997 como um projeto sazonal ao lado de Neal Morse, o escocês Pete Trewavas (baixo e vocal, do Marillion) e o sueco Roine Stolt (guitarra, dos flower Kings). Depois de 26 anos e cinco álbuns de estúdio e cinco ao vivo, a banda acabou no começo desste ao.
Resta ainda a questão de como Portnoy vai se virar par dar conta também de tocar com a Neal Morse band, da qual é um dos integrantes compositores e nome de peso para agendar shows.
Depois de sair do Dream Theater, em 2010, o baterista passou rapidamente pelo Avenged Sevenfold até aceitar o convite de Morse para entrar na banda, que faz rock progressivo e é fortíssima no cenário gospel norte-americano. São pequenas as chances de Portnoy permanecer na Neal Morse Band or conta das agendas apertadas das duas bandas.
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