"O Sesc é a salvação da cultura nacional. Sem o Sesc estaríamos nas trevas. Até Wynton Marsalis, quando veio tocar em São Paulo, elogiou instituição, disse que não havia nada igual no mundo."
As sentenças acima são de um importante músico paulistano de blues e um assíduo frequentador dos palcos dos Sescs do estado de São Paulo, de longe o mais bem aparelhado e instigante.
Soho de todo músico de qualquer estatura, fazer uma turnê pelas unidades Grande São Paulo e interior é garantia de pagamento bom e em dia. E isso apenas para ficar na área da música.
Esse modelo de sucesso, bem-sucedido e vitorioso é fruto da visão de um homem iluminado: Danilo Santos de Miranda, que chegou à instituição em 1969 e se tornou o gerente-geral do Sesc-SP os anos 80. Ele morreu neste domingo (29), aos 80 anos.
Não são poucos os que o consideram a figura mais relevante da cultura paulista das últimas quatro décadas. Sociólogo, filósofo e ex-seminarista, refinado e culto, tinha uma sensibilidade inacreditável para lidar com as artes e o entretenimento. Levou a sofisticação e o refinamento para a agenda cultural so Sesc ao po to de se tornar referência internacional.
Se temos uma coisa chamada Sesc Jazz, com atrações das mais relevantes em termos internacionais que ocorre agora em novembro, é resultado da visão empreendedora e inovadora de Miranda. "precisamos oferecer nada mais do que o melhor para o nosso público. O retorno é garantida e recompensador", disse certa vez o executivo de cultura a este jornalista, em rápida entrevista ao Combate Rock.
E partiu dele uma das iniciativas mas relevantes e recentes do Sesc - o apoio à Orquestra Mundana Refugi, criada pelo multi-instrumetista Carlinhos Antunes que reúne uma miríade de músicos estrangeiros que vivem refugiados em São Paulo e no interior, gente que fugiu da pobreza e de perseguições religiosas e políticas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário