Por que é tão difícil classificar o som do Machine Head, banda de metal moderno dos Estados Unidos que faz um interessante cruzamento de tendências? "Já classificaram a gente de new metal, thrash metal, não sei o que metal... Isso realmente importa?", diz o vocalista e guitarrista da banda Robb Flynn, de forma bem humorada, mas incisiva.
O Machine Head toca no Brasil no final de outubro dentro da turnê latino-americana da banda, mas Flynn passou pelo país antes, com direito a entrevistas para vários canais e uma coletiva online para jornalistas de todo o continente.
Abanda divulga o álbum "Of Kingdom and Crown", o mais recente trabalho que ainda está bem fresquinho e que, aparentemente, soa mais pesado e turbulento, digamos assim.
"Vocês acham mesmo que está mais pesado? Achei que não conseguiríamos isso...", respondeu Flynn brincando. Como reflexo direto da pandemia de covid-19, que fechou o mundo, as canções do novo trabalho tem uma mensagem mais poderosa e densa, ainda que nem tanto influenciada pelo evento peso adicional das músicas.
De bem com a vida, não teve medo de dizer que ele não teve motivos para reclamar do isolamento imposto pela pandemia, já que compôs muito e teve o tempo de sobra para fazer coisas que nunca tinha feito em 30 anos de carreira profissional.
"Levei 19 canções para as gravações do novo álbum, algo que nunca tinha ocorrido", relembrou o vocalista. "Foi um tempo prolifico e até relaxante. Pude ensinar meus dois filhos a dirigir. deu para ficar esparramado na garagem com minha mulher ouvindo música, tomando algumas... Tenho de admitir que gostei."
"Of Kingdom and Crown" tem a habitual violência do Machine Head, só que agora traz mais elementos em uma produção que deixou o instrumental mais poderoso. A voz de Robb Flynn também soa mais encorpada e robusta, fruto de um tratamento especial,
Segundo o músico, tudo conspirou para que o som das músicas caminhasse para algo um pouco mais progressivo, tanto que virou um álbum conceitual, com a elaboração de perfis de dois personagens importantes que duelam em uma história que tem a vingança como pano de fundo.
"Eu tentei fazer um disco conceitual algumas vezes e esse é o primeiro que eu concluí. Compus 19 músicas nesse período e lancei nove delas separadas como singles, e eu as compunha sem uma ordem definida Percebi que sabia o caminho a seguir", revelou o músico.
A trama do novo álbum é baseada na série do anime “Attack on Titan”, e se passa em um deserto futurista dizimado, no qual o céu está manchado de vermelho carmesim. Temos na história dois personagens principais, Ares e Eros.
Flynn diz que queria falar sobre dois personagens, amor, assassinato e vingança. "Eu era viciado em anime quando era criança, eu era nerd de Star Wars e me tornei nerd de animes, assistindo 'Akira' 'Robotech', 'Space Battleship Yamato' e muitos outros. É um material rico e inspirador."
Ele dá mais alguns detalhes da história: "Era, no início, uma história "cara bom, cara mau", e no caso de “Attack On Titan” ambas as pessoas eram boas e más e esse aspecto mudou toda a história, porque Ares perde o amor de sua vida – que é assassinado – e Eros perde sua mãe para uma overdose de drogas, se torna uma pessoa radical por causa de uma seita, se torna um assassino e mata o amor da vida da Ares, então é sobre como essas duas vidas se entrelaçam. Era a hora de falar sobre dois personagens que estão em pontos opostos e torná-los simpáticos e críveis, fazendo com que você se importe com eles. Foi desafiador, mas também foi compensador ao mesmo tempo porque foi ótimo sair da minha zona de conforto e fazer algo totalmente diferente".
Sobre os shows no Brasil, já se mostra ansioso. "Minha primeira vez no país foi tocando com o Sepultura em 2007 ou 2008, acho. Cheguei uma semana antes para ensaiar com meu técnico de guitarra e conheci bem a cidade de São Paulo. Adorei, Fui a bares, restaurantes e vi um monte de grafites, que são estupendos na cidade, os melhores do mundo. É um lugar especial para tocar e passar um tempo. Foi interessante passar um peróodo na cidade antes de fazer os shows pela América Latina em outubro".
Serviço
Machine Head – 27 de outubro – sexta-feira
Cidade: Curitiba/PR
Local: Tork ’n Roll
Abertura da casa: 20h
Vendas online: Show Pass
Realização: Honorsounds e Onstage
Apoio: Nuclear Blast Records
Ingresso Solidário: entregue 1 kg de alimento não perecível (exceto sal ou açúcar) no acesso ao evento.
Classificação etária: 18 anos.
Maiores de 14 anos entram acompanhados com os pais/responsáveis.
A Honorsounds não se responsabiliza por compras efetuadas em canais não oficiais.
Machine Head 28 de outubro – sábado
Cidade: Rio de Janeiro/RJ
Local: Circo Voador
Abertura da casa: 20h
Vendas online: Eventim
Realização: Honorsounds e Onstage
Apoio: Nuclear Blast Records
Ingresso solidário: entregue 1 kg de alimento não perecível (exceto sal ou açúcar) no acesso ao evento.
Classificação etária: 18 anos.
Maiores de 14 anos entram acompanhados com os pais/responsáveis.
A Honorsounds não se responsabiliza por compras efetuadas em canais não oficiais.
Machine Head – 29 de outubro – domingo
Cidade: São Paulo/SP
Local: Tokio Marine Hall
Abertura da casa: 18h
Vendas online: Eventim
Realização: Honorsounds
Apoio: Nuclear Blast Records
Ingresso solidário: entregue 2 kgs de alimento não perecível no acesso ao evento.
Classificação etária: 16 anos.
Menores de 16 anos somente acompanhados dos pais ou responsável legal.
A Honorsounds não se responsabiliza por compras efetuadas em canais não oficiais.
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