quarta-feira, 14 de outubro de 2020

'Fora, Bolsonaro': aumenta o cerco contra a liberdade de expressão

 Marcelo Moreira



Os imbecis perderam a vergonha de expor seu orgulho de serem imbecis desde que o nefasto presidente assumiu o país, em 2019. Todo mundo achou engraçado e normalizou a infestação de imbecis em nossa sociedade, bem como a estridência de seus brados e dos lixos vomitados por eles.

O ridículo pelo qual o vôlei brasileiro passou com o "julgamento" e a "punição" que uma atleta tomou por gritar na quadra "Fora, Bolsonaro" foi imenso, afundando ainda mais a reputação deste país infeliz como uma "república bananeira". De fato, nunca deixamos de ser um país de terceira categoria, com, um povo analfabeto e cretino.

Estamos tratando como escárnio algo que deveria ter sido motivo para protestos imensos nas ruas e quebra-quebra, nos moldes das manifestações contra os assassinatos de negros nos Estados Unidos por policiais brancos. 

Proibir a atleta de se manifestar nas arenas de vôlei de praia é censura, é ilegal e é inconstitucional. Os julgadores que perpetraram esse atentado ao bom senso e à inteligência precisam ser processados e neutralizados, sendo afastados de suas funções.

Diante de mais um ataque contra a liberdade de expressão e contra a democracia, as forças medievais do atraso se sentiram mais empoderadas para investir contra o direito de expressão e de opinião, pregando abertamente a punição para os rebeldes e censura geral contra os críticos do ser execrável que está no Palácio do Planalto, bem como a políticos direitistas da pior espécie - quase todo os direitistas.

Como o governo federal é inoperante e o presidente, incompetente e indiferente ao afundamento da nação, sobram apenas questiúnculas marginais para que esse bando de imbecis que apoia o bolsonarismo se preocupar. 

Para esses seres igualmente execráveis, "censurar e condenar" uma atleta por se manifestar politicamente é uma vitória, como se somente esse tipo de coisa porca importasse para esse bando de retardados.

Quem apoia Bolsonaro e suas políticas destrutivas e depredadoras certamente não leva a sério questões morais e claramente despreza a ética e o respeito à democracia, para ser elegante. É gente que merece quase nenhum respeito diante seu silêncio/endosso a um presidente e sua gangue que agem com nítida inspiração autoritária/fascista.

O episódio da atleta de vôlei está sendo tratado como uma vitória pelos imbecis loucos para mergulhar no fascismo, ainda que, na prática, não significa nada como punição. No entanto, esses estúpidos se sentem empoderados e acham que estão fortalecidos para continuar a farra censória. 

Foi o que bastou para que um monte de dejetos humanos se manifestasse nas redes sociais pedindo o mesmo "rigor" contra artistas, pedindo que sejam censurados para que não falem de política ou se manifestem de alguma forma.

Para vergonha de todo roqueiro inteligente, muitos desses energúmenos se dizem apreciadores de rock e metal e vomitaram bastante na internet que artista não tem que falar de política, que rock e política não se misturam e porcarias do tipo, explicitando a completa indigência intelectual dessa malta de celerados.

É lamentável que o rock, lar de gente contestadora e rebelde em prol de todo o tipo de liberdade, abrigue, no Brasil, uma quantidade de gente burra muito acima do tolerável.

Já faz algum tempo que estamos alertando para o avanço das forças das trevas contra a democracia e as liberdades de imprensa, opinião e expressão. 

O eleitor, em sua grande maioria, emburreceu muito em 2018 e tudo indica que a burrice avançou ainda mais em 2020, por mais que Bolsonaro seja pior que deplorável e muitos governadores de extrema-direita estejam enredados em casos de corrupção ou mesmo afastados do cargo.

A defesa da democracia e da liberdade de expressão, mais do que nunca, se tornou o maior objetivo de uma sociedade que não aguenta mais ser vilipendiada pela burrice criminosa de origem fascista.

Que Carol Solberg, a atleta do vôlei de praia, se torne o maior símbolo dessa luta fundamental contra o retrocesso.

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