sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Sem divulgação ou cobertura de shows, por enquanto




Por uma questão editorial e de posicionamento político, o Combate Rock evitará anunciar ou cobrir shows com presença de público por tempo indeterminado. 
É uma questão de segurança sanitária, visto que a pandemia de covid-19 não está controlada e a vacina, ao contrário das promessas mentirosas de políticos sobre vacinas em dezembro. 

Consideramos prematura, inapropriada e até irresponsável a volta de shows e eventos culturais com público neste momento - ainda morrem 700 pessoas por dia de covid. 

Argumentos estapafúrdios de que o Estado de São Paulo está na fase verde e que o resto do comércio - de forma irresponsável - está funcionando não servem. 

Quando houver segurança sanitária e o ok dos cientistas e especialistas, retomaremos a divulgação de shows e as coberturas presenciais.

Este é um ano difícil em todos os sentidos, para todas as pessoas. A pandemia de covid-19 provocou uma retração econômica nunca antes vista e desempregou milhões no mundo inteiro, principalmente no Brasil.

As áreas de gastronomia e entretenimento foram as primeiras a serem afetadas, e de forma muito mais grave. Estão sendo as últimas a retomar as atividades, ainda que de forma temerária.

A Europa começa a verificar uma segunda onda de contaminações e aumento de mortes, especialmente no Reino Unido, na França, na Itália e na Espanha. Como voltar a fazer shows ou a permitir público em em arenas esportivas e estádios, por exemplo?

Estamos acompanhando a angústia, a ansiedade e o desespero dos artistas e dos profissionais de bastidores por conta da falta de atividade e de perspectivas, em meio a problemas financeiros graves. É claro que nos solidarizamos a todos eles e participamos da cobrança de ajuda por parte do poder público. 

Entretanto, não concordamos com as pressões políticas e trabalhistas para a reabertura total das atividades, muito menos no setor de entretenimento. Uma irresponsabilidade não pode levar a outras. 

O fato de praias e festas diversas estarem lotadas, assim como bares e restaurantes, não justifica o aprofundamento da crise sanitária e sua extensão. 

O dilema da volta dos shows presenciais, em conformidade com as regras atuais de flexibilização das regras de isolamento social, foi muito bem dissecado pelo jornalista Julio Maria, do jornal O Estado de S. Paulo, quando da retomada das atividades da casa noturna Bourbou Steet, em Moema, na zona sul de São Paulo, com apresentação do bluesman Nuno Mindelis. Clique aqui ou aqui para ler o texto.

Um comentário:

  1. Meus parabéns pela atitude digna e coerente!

    Também me solidarizo com artistas e profissionais diversos da área de entretenimento (pessoal da graxa, produção, técnica, divulgação, assessoria de imprensa, etc), mas, não é colocando mais vidas em risco que o problema se resolverá!

    Faço coro junto atrás de auxílio governamental - uma obrigação, diga-se, mas não apoio essa volta irresponsável e inconsequente.

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