quinta-feira, 27 de julho de 2023

Insistente no cinema como ator, Mick Jagger comprovou que é um grande cantor

 Houve um tempo em que Mick Jagger considerou a hipótese de largar o rock e virar ator de cinema. Hollywood sempre o fascinou e as constantes crises nos Rolling Stones ao final dos anos 60 provocaram sequelas - as prisões dele e do guitarrista Keith Richards, por posse de drogas, em 1967, e as constantes perseguições da imprensa sensacionalista, além da saída de Brian Jones da banda, morrendo um mês depois, em 1969. 

Ainda assim, ninguém entendeu muito bem a opção pelos cineastas Nicolas Roeg, Donald Cammell, experimentais e geniosos, companheiros de baladas, para dirigir "Performance", a estreia dele nas telas, em 1970 

Com roteiro ruim e direção insana, mão tinha como dar certo. E ainda causou um problema extra - contracenando com Anita Pallenberg, mulher de Richards, companheiro de banda, tiveram cenas quentes de sexo, que muita gente afirma que o clima continuou quente nos bastidores...

A experiência pouco interessante e cheia de críticas na sua estreia não o demoveu da ideia, mas, ao menos, deixou de lado a vontade de sair do rock dos Stones. Mas causou algum ruído na banda uando decidiu aceitar, ainda em 1970, o papel principal em "Ned Kelly", filme australiano de Tony Richardson que retratava um famoso fora-da-lei daquele país.

As criticas foram mais razoáveis naquela foi que foi considerada a sua melhor interpretação no cinema, em um filme que teve bilheteria e audiência apenas razoáveis mesmo na Austrália.

Nos anos 80, ele voltaria às telas para interpretar personagens dos clipes de músicas de sua carreira solo, notadamente "Just Another Night", filmado no Brasil em grande parte entre 1983 e 1984. Nos clipes ele ia bem, ao contrário das telonas, segundo a crítica especializada norte-americana. Em 1989, fez uma pequena participação em "Moonwalker", uma fita musical de cunho infantil estrelada por Michael Jackson,

Insistente, encarou com uma diversão meio "séria" dois filmes na década seguinte - a ficção científica "Freejack", em que fazia o papel de um dos , e "Bent", um drama que fla da perseguição de artistas homossexuais na Alemanha nazista. Seu papel é bem pequeno.

No drama de guerra "Enigma", de 2013, fez uma ponta como um soldado inglês à espera de embarcar para o combate. Seu último papel com alguma relevância foi em 2019, no longa "Tudo Pela Arte", de Giuseppe Capotondi, em que interpreta um colecionado de arte que seduz um crítico renomado a roubar uma peça valiosa de um concorrente.

Entretanto, ele foi bem mesmo, quase sem contestações, na série "O Teatro dos Contos de Fadas", escrito pela atriz Shelley Duvall, e que foi ao ar na TV americana e também na inglesa entre 1982 e 1987. No Brasil, foi exibido pela TV Cultura. No episódio 2, "O Rouxinol", ele interpretou um imperador chinês, recebendo fartos elogios á época. 

Entre os fiascos, está "Running Out of Luck", de 1987, onde ele foi o roteirista, produtor e ator principal. deixando a direção para o renomado Julian Temple, que também assina o roteiro. Em português, o título dado foi "Maré de Azar".

Cantor de rock bem-sucedido, o personagem de Mick Jagger vem ao Brasil para gravar um clipe. Engraça-se com uma moça misteriosa que vivia cercada de travestis, é sequestrado e vira escravo doméstico e sexual. Chega a ser engraçado de tão ruim. Entre os brasileiros do elenco estão Tony Tornado, Raul Gazzola, Norma Benguell, Grande Otelo e José Dumont. Nada como rer tempo e dinheiro para desperdiçar...

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