Uma das formações mais importantes do metal paulista voltou às atividades quase sem alarde à beira de completar 30 aos de sua formação, seguindo os passos de nomes como Wizards, Kavla, Montanha e alguas outras que "ressuscitara".
O metal tradicional do Seventh Seal, com músicos dos ABC paulista, indicava que faria frente ao próprio Wizards e aos brasilienses do Dark Avenger, todas bandas que se destacaram na segunda metade dos anos 90.
São apenas três álbuns lançados desde aquela época, mas serviu para consolidar a fama de grande vocalista de Leandro Caçoilo, que se divide entre Viper, Harshine, Caravellus, banda de Daniel Fonseca e o próprio Seventh Seal.
Outro nome importante que integra o time do Seventh Seal há muito tempo é o guitarrista Tiago Claro, que também é produtor de shows (TC7 Produções), de álbuns e agente/empresário que cuida das carreiras de artistas como Golpe de Estado, Viper e Malvada - ele coproduziu o disco "A Noite Vai Ferver", das meninas, além de ser coautor de algumas das canções.
Com a retomada de shows, o Seventh Seal participou de festivais em Minas Gerais e São Paulo e é uma das atrações do "Penha Rock", que acontece em 15, 16 e 30 de julho. A banda do ABC toca no dia 15.
"Nunca perdemos o contato e já vínhamos conversando sobre a possibilidade de voltar aos palcos. Agora deu certo", disse Claro. "As conversas vinham desde a pandemia, e o Tiago Castanho, o [outro guitarrista] compôs algumas coisas e mandou para a banda. Como todo mundo trabalha com música e tem outros projetos, tinha de coincidir as agendas."
Ele se refere a Caçoilo, com suas suas participações em várias bandas, Tiago Castanho, que toca na banda mineira The Mist também, e ao baterista Braulio Drummond, qu se divide entre Seventh Seal e a carioca Corsal Atlântica.
Tiago Claro falou rapidamente, com exclusividade, ao Combate Rock sobre os planos para a Seventh Seal:
Por que a banda Seventh Seal só voltou em 2023?
Era uma ideia antiga e estávamos conversando desde a pandemia de covid-19. Era uma questão de conciliar agendas para fazer uma coisa legal e conseguimos a chance de tocar em alguns festivais.
São quase dez anos do lançamento do "Mechanical Souls". Como você encontram o mercado de metal no Brasil depois desse tempo?
O mercado de heavy metal é muito específico no Brasil, nunca teve grande popularidade, mas ainda assim, há dez anos, o pessoal consumia mais CDs e produtos. As plataformas digitais dominam e a maneira de consumir mudou. Havia mais estrutura, havia revistas e jornais para ajudar a divulgar. Tudo ficou diferente, mais pulverizado. E creio que ainda haverá muitas mudanças.
Leandro Caçoilo canta o Viper, Caravellus, Hardshine, Daniel Fonseca e com outros artistas. como fica a agenda da banca e a dele?
Está dando para conciliar. Todos os integrantes estão sempre ocupados. Eu estou sempre na estrada com as minhas produções e gerenciamento de bandas, os outros também. Pode ter demorado um pouquinho, mas chegou a hora de tocar de novo.
Além do Penha Rock, quais são os outros festivais que a banda vai tocar em 2023?
Além do "Penha Rock", já agendado, fizemos o Sesc Santo André, o festival CDM, em Campo do Meio (MG) e em Batatais (SP). As coisas estão acontecendo. Para o show do "Penha Rock" teremos alguns convidados especiais, como Marcello Pompeu (Korzus), Hugo Mariutti (ex-Viper e Shaman) e João Luiz (Golpe de Estado). São bons amigos de sempre, e vamos tocar nossas canções e clássicos do heavy metal.
São mais de 25 anos de existência e a banda lançou três CDs. faz sentido ainda para bandas de metal no Brasil lançarem coisas no formato álbum em 2023, quando paree que i ouvinte dá pouca bola coisas novas?
O formato é ainda o padrão, mesmo para quem ouve em streaming. Faz parte do conceito. E ainda acho interessante o fato de existir CD, tem gente que ainda prefere, gosta do formato físico, percebo isso nos acessos em nossa loja online. As pessoas gostam de manusear o CD, abrir o encarte. Pode sere um pouco saudosista, mas é um formato que tem bastante apelo. Não tem mais o retorno o financeiro de antes, mas ainda tm sentido em termos mercadológicos.
Tem lançamento previsto para o Seventh Seal?
Sim, já temos muitas composições em ponto de bala, para gravar um novo álbum. E duas das dez músicas que poderão vir a formar o disco estão adiantadas em termos de finalização. Vamos decidir qual delas virará um single e videoclipe. O nosso quarto álbum deve sair neste ano ou no começo do ano que vem.
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