sexta-feira, 25 de junho de 2021

Go Ahead and Die traz Max Cavalera com o filho Igor em projeto diversificado

Marcelo Moreira

Go Ahead and Die (FOTO: DIVULGAÇÃO)


Já que a reunião com o Sepultura não vai rolar, que tal criar mais uma banda? Parece ter sido essa a motivação de Max Cavalera para juntar-se a um dos filhos e lançar o CD do Go Ahead and Die, novo projeto do ex-guitarrista e vocalista do Sepultura. 

Sua banda principal, desde 1997, é o Soulfly, mas ele ainda toca com o Cavalera Conspiracy, com o irmão Iggor, e no Kill or Be Killed, um projeto que reúne nomes importantes do metal extremo norte-americano.

"Go Ahead and Die, o disco, tem 11 faixas e estará disponível também no formato físico através da Shinigami Records no Brasil. No exterior, o disco sai pela Nuclear Blast.


Go Ahead And Die é um projeto que nasceu para ser um grande momento entre pai e filho. Max e Igor Amadeus Cavalera disponibilizaram hoje 11 de junho em todas as plataformas digitais o álbum autointitulado do Go Ahead And Die através da gravadora Nuclear Blast Records. Ouça aqui.

A ideia do projeto é de Igor Amadeus Cavalera, que já toca há bastante tempo com o pai. A banda ainda conta com o baterista do Zach Coleman, da banda Khemmis, uma das grandes promessas do metal europeu. 

Os três compartilham também o mesmo pensamento com os problemas sociais de hoje em dia – retratados como riffs monstruosos e cativantes. 

São cheios de ódio contra um sistema que apenas beneficia os mais poderosos. Não foram poucas as "pancadas" dadas por Max nas entrevistas recentes, em que sobrou também para o presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

A banda lançou o primeiro single ‘Truckload Full Of Bodies’ dirigido por Jim Louvau e Tony Aguilera com uma forte crítica ao vírus da covid-19. 

 

 

"'Truckload Full of Bodies' é um raio-x escuro da pandemia de covid-19", diz Max. "Ficou claro como certos políticos em 2020 não se importavam com seus cidadãos. Os hipócritas cuidavam de si mesmos e não se importavam sobre o resto de nós morrendo."

Com "Toxic Freedom", segundo single da banda, Max comentou: "Toxic Freedom" é sobre corrupção policial, brutalidade policial e racismo policial. Isso pode ser visto e sentido em todo o mundo. É sobre autoridade matando minorias".

Igor Amadeus complementa: "Nossos líderes abusam de seu poder enquanto milhares estão presos e mais são assassinados a cada dia. 'Toxic Freedom' é um protesto por aqueles que sofreram nas mãos da brutalidade policial injusta."

A banda também lançou um terceiro single chamado "Roadkill" em que falam sobre o ponto de vista de pessoas que vivem em situação de rua.

As músicas são brutais, como não poderiam deixar de ser, mas têm características diferentes dos outros projetos de Max Cavalera, O músico buscou uma sonoridade mais orgânica e vintage, sem apelar tanto pr os recursos modernos e tecnológicos.

Com isso, a pegada do thrash metal old school está muito presente, assim como alguns duelos de guitarras, algo incomum no Soulfly. Coleman não tocou com algum software de acompanhamento de ritmo, o que casou bem com o trabalho de guitarras mais "na cara".

Na parte técnica, o engenheiro Charles Elliot capturou as sessões de gravação com a ajuda do proprietário do Platinum Underground Studio, John Aquilino. O álbum foi mixado por Arthur Rizk, que já trabalhou com Power Trip, Cro-Mags e Cavalera Conspiracy.


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