terça-feira, 22 de junho de 2021

O rock ainda pode ser divertido, como nos lembram Dee Snider e Dave Lee Roth

 Marcelo Moreira

Dee Snider (FOTO: DIVULGAÇÃO)


A ordem é seguir em frente e se divertir. Dois grandes astros veteranos do rock pesado mostraram neste mês de junho que estavam prontos para deixar o passado para procurar - e achar - caminhos relevantes em um mundo devastado pela pandemia, pelo medo e pela pulverização na hora de curtir um bom som.

Dee Snider, eterno cantor do Twisted Sister, já declarou que não vê mais sentido em arrastar sua ex-banda para tocar os mesmos dez clássicos por anos a fio e caiu de cabeça no metal moderno. 

Dave Lee Roth, por sua vez, ensaiava o retorno da carreira solo assim que percebia que o Van Halen dificilmente voltaria os palcos depois da turnê de 2015. A morte do guitarrista Eddie Van Halen, em 2020, confirmou os presságios e acelerou o retorno aos estúdios.

São dois singles que trazem os cantores veteranos de volta à arena, em estratégias distinta E s, mas corretas. Snider brilha em "I Gotta Rock (Again)" e Roth procurou inspiração nos ensolarados anos 80 na sua Califórnia.

O ex-cantor do Twister Sister se associou a Jamey Jasta, vocalista do Hatebreed, e cometeu um extraordinário disco em 2019. "For the Love of Metal" partiu do ponto onde o Twisted Sister havia estacionado em 1986 e fez um CD de metal colorido e sorridente.

"I Gotta Rock (Again)" vai pelo mesmo caminho com a mesma parceria. Jasta é craque no metalcore e nos seus projetos de rock pesado tipo sludge e mostrou-se o cara certo para modernizar o tiozão identificado com um rock mais esfuziante dos anos 80.

A canção é pesada, intensa e sem firulas. Uma parede de guitarras escora a voz poderosa de Snider que canta sobre mais do mesmo, mas que é tão nmecessário em tempos de pandemia de covid-19. Queremos rock? Então o teremos, e da melhor forma possível.

"Giddy-Up" é uma canção que poderia estar em qualquer disco de Dave Lee Roth dos anos 80. "Skyscraper"? "Eat'Em Smile"?

É um rock gostoso de ouvir, bem fácil e igualmente sorridente, exalando bom humor e otimismo, algo que em que o ex-vocalista do Van Halen é craque. Se é isso que queremos, então é o que vamos ter com as bênçãos do mestre de cerimônias mais incensado do rock.

TUdo bem, faltam as guitarras mais inteligentes de Eddie ou mais versáteis de Steve Vai, mas a canção entrega o que se propõe, algo incomum no rock insípido de hoje. 

São duas canções simples e nada inovadoras, do tipo esquecíveis bem rápido nos dias de hoje, mas que soam necessárias e cativantes para algumas horas de deleite em tempos tão difíceis. Servem para nos lembrar de que o rock jpa foi muito divertido e delicioso.


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