A banda que mais tocou no Rock in Rio mereceu cada minuto no palco desde 1991. O Sepultura deixou todo mundo boquiaberto com uma apresentação extraordinária ao lado da Orquestra Sinfônica Brasileira na abertura do palco Mundo e, mais uma vez, calou s detratores.
Foi a primeira vez nos palcos brasileiros do guitarrista Andreas Kisser após a morte da mulher, Patrícia, há quase dois meses. Concentrado e emocionado, celebrou a volta aos palco e arrefecimento da pandemia de covid-19. "Rock é vida e é maravilhoso estar aqui", gritou o músico.
Foi praticamente o primeiro grande show do Sepultura no Brasil para o álbum "Quadra", lançado em janeiro de 2020. A pandemia impediu que houvesse uma turnê mundial de suporte pata o trabalho.
Para uma banda experiente que está a caminho dos 40 anos de carreira, a apresentação com orquestra não era exatamente um desafio, mas embutia certos riscos por conta da especificidade do repertório. A banda, entretanto, tirou de letra.
O grande acerto foi o Sepultura dar espaço para que a orquestra fosse ouvida. Em recentes trabalhos envolvendo metal e orquestra - Metallica, Scorpios, Blind Guardian - a sensação que sempre ficou foi a de que a de que a banda elétrica soterrava o som dos músicos eruditos. Não foi o que aconteceu.
A banda brasileira deixou a excelente orquestra brilhar na execução de "Roots Bloody Roots" e em "Kaiowas", além da ba performance da "9ª DSinfonia", de Beethoven.
Os instrumentistas eruditos também fizeram, diferença em temas pesados e roqueiros, como em "Agony of the Defeat", que ficou excelente.
"Kairos" e "Machine Messiah", em quase um medley, exaltaram a fase mais progressiva, em músicas intrincadas e cheias de arranjos detalhados. Fica bem claro que as canções da era Derrick Green, vocalista que está na banda desde 1998, estão predominando cada vez mais no repertório.
O final, com "Refuse/Resist", exacerbou o que pôde ser percebido no Rock in Rio 2019: é uma banda que olha cada vez mais para o futuro que não tem medo de invar e mudar. A apresentação deste Rock in Rio, cm orquestra, merece ser transformada em DVD/vídeo oficial.
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