sábado, 10 de setembro de 2022

Vitalidade do Green Day contagia o Rock in Rio e redime a fraca atuação de Billy Idol

 Uma banda punk com mais de 30 aos deixou de ser raridadefaz tempo, e uma que fz sucesso e arrasta multidão para um show, muito menos. O Grren Day se enquadra na categoria e se torna uma banda improvável por conta de seu poppy punk aparentemente inofensivo.

Inofensivo? Como assim, se estamos falando de um trio que chama seus fãs de idiotas, ou, pelo menos, seus compatriotas, com o disco e a música "American Idiot"?

Quem subestima o Green Day e o Offspring erra de forma contundente. Os neopunks noventistas foram muito felizes em estabelecer uma relação com uma juventude de então que queria som mais agressivo, mas não tão pesado e engajado. E as duas bandas, mais Rancid e algumas outras, encontraram uma fórmula para manter a galera pulando abordando temas mais prosaicos.

O Green Day foi a redenção de um dia, no Rock in Rio, que de decepcionou com o inglês Billy Idol, sem voz e com performance desleixada, apesar dos bons momentos de seu guitarrista, o ótimo Steve Stevens.

O trio californiano é outra das bandas que entregam o ue prometem. Muita energia, bom humor e um repertório afiado e pronto para divertir, mesmo qque haja tmas pesados e mais politizados. É uma das boas bandas do nosso tempo, e ao vivo merece todos os créditos.

Já tem gente proclamando o Green Day como o melhor show do festival. Nem em um milhão de anos conseguirá superar o do Iron Maiden, mas a festa que promoveu foi admirável, ainda que com todos os clichês do mundo - fã que sobe para tocar guitarra (na música "Knowledge"), casal que fica noivo/pedido de casamento, mensagens políticas...

Billie Joe Armstrong, o guitarrista e vocalista, transmite credibilidade e está no auge da forma. Rege a multidão com uma facilidade estonteante e um sorriso no rosto. Leva o show com facilidade, ao contrário de Axl Rose, do Guns N' Roses, que teve de se esforçar muito para entregar apenas um show razoável. 

Sem o peso de ter a obrigação de fazer "o" grande show do Rock in Rio, o Green Day desfilou hits e brincou com versões de ídolos, como "Rock and Roll all Nite", do Kiss, e "Iron Man", do Black sabbath, além de despejar muitas músicas dos álbuns "American Idiot" e "Dookie".

Foi uma espécie de redenção para o desepenho fraco de Billy Idol. Sem voz e aparentemente pouco entrosado com sua banda, escorrgegou nas letras várias vezes e parecia ter dificuldade com o andamento de várias canções. "Eye Without a Face", um de seus hits, esteve quase irreconhecível.

"Dancing With Myself" teve melhor resultado, mas o astro iglês de 66 anos demonstrava certo desconforto em alguns momentos, chegando a dialogar com os músicos, entre as canções, para realizar algumas mudanças nas execuções. Houve quem jurasse que ele pedira para abaixar o tom, ja que sua voz estava com problemas...

Inserido em um contexto punk mesmo sendo mais pop do que outra coisa, o Capital Inicial fez o de sempre, e muito bem. Na tradição de Skank, Jota Quest e Barão Vermelho, faz do palco uam grande festa e chacoalha o ambiente.

A banda é, depois do Sepultura, a que mais vezes tocou no festival, e justificou a preferência. A verve pop se misturou com a política e eles mandaram bem em canções como "Fátima" e "Que País ´E Esse?", além de procurar versões um pouco mais pesadas para atrair um público de certa forma impaciente. Seguros, fizeram um trabalho bastante decente.

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