domingo, 11 de setembro de 2022

Coldplay agrada em show plural e sem grandes ambições

 Um gaiato disfarçado de crítico musical disse certa vez que Coldplay e Radiohead eram a cara do rock do futuro, aquele do século XXI, e que isso não seria nada bom. Era uma época em que se esperava que o cok de verdade sobrevivesse às modas e ás transformações do mercado.

O medo que permeava os pensamentos de mita gente se confirmou, e Coldplay se tornou tão grande quanto o U2, ao menos na venda de ingressos e na lotação de grandes espaços.

É um outro tio de rock, mais soft e menos engajado, e tem uma aplitude de público maior, bem de acordo com os desígnios dos organizadores do Rock in Rio, que privilegia desde sempre grandes atrações que falem para vários públicos. Rock de verdade? Quem liga para isso?

Se a realidade isiste em nos estapear, só resta etender o que está acontecendo. E o Coldplay, para desespero dos puristas e dos que desprezam o pop, fez um bom show no Rock in Rio, bem agradável até mesmo para quem gosta de rock de verdade. 

O vocalista e tecladista Chris Martin foi chamado de maestro e de um um grande "frontman" por ter regido a imensa multidão em vários momentos e por ter sido atendido quando faez pedidos de silêncio e de arroubos. Não foi para tanto. 

O músico é habilidoso, inteligente e sensível aos momentos importantes do espetáculo, mas está longe de um Mick Jagger ou um David Bowie, ou mesmo de um Bruce Dickinson (Iron Maiden). Mas entrega o que promete e o que se espera. Mais um gol a favor da curadoria do festival.

Como espetáculo, entretenmento sem grandes expectativas, cumpriu o objetivo, com pulseirinhas ilumindas de led e cantoria meio sem convicção - mas quem liga para isso? Querem contundência e ativismo? Ora, tivemos Iron Maiden e Green Day ara isso.

E dá-lhe momentos fofos e delicados com o Chris Martin e Coldplay, em que a iluminação especial deu ares de musical da Broadway, em produção impecável para músicas como "Viva la Vida" e "Sky Full of Stars". O público delirou e estava disposto mesmo a viajar em canções om ares "new age" e sem maiores atropelos. 

A banda ainda citou um trecho de "Mas que nada", de Jorge Ben, ao piano e tocou "Magic" com a letra em português. Assim como já fez em outros países nesta turnê, o vocalista leu uma versão traduzida da letra na língua local.

Como "última" atração de rock de um festival que deveria ter mais rock, Coldplay agradou bastante om um show na medida para o público mais heterogêneo e mais disposto a ouvir músicas com sentido mais amplo, no sentido de agregar visões um pouco menos simples do gênero. Foi um bom aperitivo para os oito shows que realizarão m outubro em São Paulo e no Rio de Janeiro.

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