domingo, 25 de setembro de 2022

Violência política chega ao rock e alertam para o perigo iminente nas eleições

 É possível fazer todas as ligações imagináveis entre s eventos de extrema violência política dos últimos dias, culminando em uma briga generalizada entre punks e skinheads na Galeria do Rock, em São Paulo. É o fascismo esperneando diante da iminente derrota, o que coloca (ou deveria colocar) em alerta as forças de segurança do Brasil e todos os que defendem a democracia.

Não foram poucos os relatos de intimidação e ameaças contra pesquisadores de institutos que medem a percepção do eleitor. Funcionários do Datafolha foram agredidos em pelos dois Estados e outros foram perseguidos e impedidos de fazer seu trabalho. Os criminosos eram bolsonaristas.

Recenseadores do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), coletando dados para o Censo 2022, também estão sendo agredidos e hostilizados pela fauna criminosa bolsonarista, desesperada pela iminente derrota do nefasto presidente - queda que pode ocorrer ainda no primeiro turno.

O bolsonarismo está acuado e partindo para a violência na tentativa de invalidar a eleição e de provocar tumulto. São autores de ao menos dois homicídios e de todas as agressões políticas a adversários.

Entre os grupos sectários que infestam as artes brasileiras, as manifestações violentas demoraram, mas ressurgiram em um antigo campo de batalha paulistano, a Galeria do Rock, ponto de encontro de várias tribos e há muitos anos sem registros de confrontos de gangues de marginais.

Na tarde de sexta-feira, 23 de setembro, um grupo de skinheads - tribo sumida há muito tempo - resolveu aparecer no subsolo, território de aficionados do rap e do reggae. Um pequeno gruo de punks antifascistas tomava cerveja em um barzinho e imediatamente foi hostilizado pelos criminosos sectários.

Não eram necessariamente bolsonaristas, mas se irritaram porque o punks se declaravam antifascistas. No  No final das contas, dá no mesmo, pois certamente os skinheads estão longe de qualquer associação com a esquerda e com o PT. Logo, são bolsonaristas, por mais que alguns idiotas queiram negar.

No quebra-quebra da Galeria do Rock, houve mesas quebradas, algumas escoriações e uma pancadaria generalizada, mas pouco produtiva. Sem feridos graves, os dois grupos se dispersaram diante a iminente chegada de forças policiais.

"Essa gente nojenta prometeu bagunçar as eleições, são seres que apoiam o fascismo e a extinção de adversários. Não se de que esgoto ressurgiram", disse um dos punks agredidos.

Enquanto isso, a menos de dois quilômetros dali, a direção da empresa que edita a Folha de S. Paulo e gerencia o Datafolha decidiu reforçar a segurança no entorno da sede e de seus funcionário de campo no dia 2 de outubro, o dia da eleição geral. São os grandes os temores de atos violentos contra jornalistas e apoiadores do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Estimulados pela verve violenta e fascista de um candidato lamentável à beira da derrota, defensores do bolsonarismo continuam investindo contra as instituições democráticas, contra o Judiciário que freia o fascismo criminoso e contra a própria democracia. Estão ainda a perseguir fantasmas, como os comunistas, extintos há mais de 30 anos.

Dentro dos comandos das campanhas de candidatos de extrema-direita se admite que há o desejo de tumultuar o pleito, criando confusão e ataques físicos para tentar destruir a credibilidade das eleições. 

É provável que não tenham sucesso, mas haverá gente machucada e imagens abjetas de brigas promovidas pela escória bolsonarista. Não será simples nos livrar dessa gente odiosa, que nos assombrará ainda por muito tempo depois da derrota.

A briga de gangues na Galeria do Rock, emulando tempos terríveis dos anos 80, é só mais um sintoma da contaminação fascista que vivemos em pleno século XXI. 

Os grupelhos sectários estão ressuscitando e mostram-se dispostos a incomodar. E não são poucos os que começam a associar este tipo de fascismo à música e ao rock. 

Infelizmente a desinformação e o preconceito habitam vários ambientes progressistas que costumam usar de armas políticas típicas da extrema-direita. 

Por sorte, esse tipo de associação não costuma prosperar, mas vivemos tempos tão estranhos que não podemos nos dar ao luxo de permitir que esse lixo fascista contamine nossos ambientes.



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