quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Torture Squad acelera as atividades com avalanche de lançamentos

Quando os organizadores do Wacken Opn Air, o festival alemão de heavy metal que em alguns anos se tornaria o mais importante do subgênero, anunciou um concurso mundial para premiar e escalar uma banda novata para o evento, pouca gente poderia crer que um artista de fora da Europa conseguiria vencer.

O problema desse raciocínio é que precisavam convencer os brasileiros de que não adiantava se inscrever, por mais que houvesse uma eliminatória por aqui. E coube a um então quarteto paulistano a honra de vencer o primeiro concurso e se tornar uma banda reverenciada e respeitada pelos europeus.

O Torture Squad ganhou a seletiva nacional e tocou no Wacken, ganhando o concurso mundial - e garantindo outras duas participações entre 2006 e 2008.  

Para comemorar o 30 anos de atividades, o grupo anuncia que conseguiu adquirir dos direitos de áudio de suas participações no festival e que servirão de base para CDs ao vivo a serem lançados nos próximos meses, e quem sabe até mesmo em DVD ou publicação em plataformas digitais.

"A pandemia de covid-19 mudou muitos planos e nos forçou a repensar as atividades", disse o baterista Amílcar Cristófaro, fundador da banda. "Nunca fiquei cinco meses sem ver a cara do parceiro Castor (baixista). estávamos começando a gravar o novo disco e então veio o isolamento. Agora estamos cheios de planos."

Dividindo-se entre o Torture e o Matanza Ritual, que está deixando de ser apenas um projeto do cantor Jimmy London, o baterista está empolgado com as novas possibilidades pós-pandemia. Além do disco novo e do pacote Wacken, vem mais coisa por aí.

A agenda do Matanza Ritual está cheia  para o fim do ano, mas a resolução do Torture Squad é finalizar o novo álbum, que o baterista promete ser o melhor dos 30 anos de banda. "Tanto em termos técnicos como de composições será um marco em nossa carreira. Nunca gravamos algo tão poderoso, om muitas passagens progressivas e técnicas. Dá para dizer que reunimos o que de melhor já fizemos em uma obra."

Sobre o pacote de áudio das apresentações no Wacken Open Air, o material deverá ser compilado em uma caixa com quase todas as apresentações na íntegra, com previsão de lançamento o em 2023. Christófaro só lamenta a indisponibilidade do show que deu à banda o "título" mundial à banda, e na disputa inicial criada pelos organizadores.

"Só conseguimos obter duas músicas daquela apresentação emblemática. Os organizadores não tinha o resto nos arquivos. As duas constarão do material que deveremos lançar, pois é fundamental para a nossa história", revela o baterista.

Enquanto o Torture Squad finaliza o disco novo e tenta uma negociação com algum selo ou gravadora, trabalha em um lançamento mais urgente, que é um álbum ao vivo gravado em 2022. "Para não deixar uma lacuna muito grande, pretendemos colocar no mercado um álbum ao vivo que gravamos na casa La Iglesia, em São Paulo, com uma canção inédita. Foi um show incrível e vai agradar o público até a chegada do disco novo."

Não bastassem esses três projetos, a banda ainda prepara uma caixa com versões digitais e em CD com todo o material até agora registrado com o guitarrista Renê Simionato e a cantora Mayara "Undead" Puertas, que entraram em 2016. 

A caixa conterá o EP "Return of Evil", que estreou a formação, em 2016, o álbum "Far Beyond Exystence", de 2018, e os áudios de duas lives realizadas durante a pandemia - uma no Manifesto Bar e outra para o programa Kiss Club, da rádio Kiss FM, ambas registradas e transmitidas a partir de São Paulo.

A fase não poderia ser melhor e mostra que trabalho duro e opções de qualidade para oferecer ao fã são condições fundamentais para que uma banda, mesmo com 30 anos de carreira, se mantenha viva em um mercado cada vez mais competitivo e com dificuldades para atrair o público, seja ele jovem ou mais antigo que acompanha o Torture Squad.

"Entendemos que a forma de ouvir música e de consumi-la mudou, talvez as pessoas não dediquem mais muito tempo para ouvir m álbum, mas como artista eu tenho de pensar em um produto completo", explica Christófaro. "Faz muito sentido como artista gravar coisas novas autorais e ainda oferecer coisas relevantes e significativas de nossa carreira. Creio que é algo bastante ansiado pelo fã poder ouvir as nossas performances no Wacken, por isso não poupamos esforços para viabilizar esse projeto e todos os que estão por vir."










 

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