quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Celebrar a vida é a missão do Matanza Ritual no Rock in Rio

As duas versões do Matanza ainda provocam alguma confusão nos fãs, mas é a versão capitaneada pelo vocalista Jimmy London é que tem mantido o legado da banda em evidencia, ao menos nos últimos tempos. 

O Matanza Ritual, com London à frente, está no elenco do Rock in Rio 2022 e será uma das atrações nesta sexta-feira, dia de abertura do festival.g Por enquanto, é um projeto que reúne amigos estrelados dos rock nacional para fazer versões mais pesadas e um pouco diferentes das canções emblemáticas do grupo original, que acabou em 2018. O Matanza Inc, que tem outros ex-integrantes da banda original, segue na ativa e já gravou um álbum com músicas novas.

Formada por London (vocal), Antônio Araújo (guitarra, Korzus), Felipe Andreoli (baixo, angra) e Amílcar Christofáro (bateria, Torture Squad), o Matanza Ritual começará a segunda parte de uma turnê, sucedendo o giro inicial que aconteceu nos meses de março, abril e maio de 2022, ambos produzidos pela Top Link Music do empresário Paulo Baron.

"O Ritual nasceu porque a necessidade de expurgar nossos demônios nunca morre. Cada show é um exorcismo das merdas pelas quais passamos no dia-a-dia e a gente usa a arte para vomitar tudo de ruim e sair suado, feliz e cansado", comentou o vocalista.

Ele confirma o sentido de celebração ao chamar amigos de peso para compor o projeto. "A ideia não é formar uma banda, nem mesmo um projeto. Queremos criar uma celebração, reviver aquele ‘ritual insano’ que acontecia nos shows do Matanza e, para isso, convocamos os melhores dentre os melhores músicos do país para serem os monges da loucura toda."

Antônio Araújo se empolgou minuto em que foi convidado a participar mesmo que as músicas estejam distantes do metal extremo que pratica com o Korzus e o Lockdown. "O clima entre nós é muito bom. É  uma alegria verdadeira em fazer todo esse rolê. E depois, não dá pra não se divertir com algumas das letras das músicas e tampouco se contagiar com a energia de um público tão apaixonado por estes sons. Está sendo realmente uma experiência ótima para todos nós."

Em rápida conversa com o Combate Rock, Araújo comentou mais sobre a experiência de estar com o Matanza Ritual:

 Você vem da escola do metal extremo, com o Korzus. Como foi  adaptação ao repertório do Matanza?

No começo eu tive que fazer um bocado de laboratório, ouvi muitos sons que o Jimmy me indicou, que fazem parte das influências da banda... E sobretudo eu caí de cabeça na ideia de aprender as músicas o mais fielmente possível, de forma que eu pudesse falar aquela língua com o meu sotaque, mas com intimidade. A coisa dos licks de música country e rockabilly foi e tem sido em particular um aprendizado muito legal pra mim como guitarrista.

Em recente entrevista, Felipe Andreoli disse que teve de mudar algumas coisas na forma de tocar baixo para entrar no projeto. Você passou por um processo semelhante?

Não houve tanta adaptação em termos de técnica, mas houve sim do lado dos licks e das influências musicais diferentes das que eu tinha. Um aprendizado muito legal.

Mesmo com músicas pesadas, o Matanza tá mais para o celtic punk do que para o hardcore. Como fazer para evitar que as canções fiquem muito pesadas nas versões com a sua guitarra?

Cara, sinceramente eu não fico pensando e evitar esse peso não. Sei que naturalmente com a nossa mão a coisa tende a ficar um pouco mais pesada... Mas como somos experientes e sabemos respeitar o som, acaba rolando um equilíbrio nisso aí. Mas se vc for ver ao vivo, tá um esporro.. (risos).

O Rock in Rio é o início da segunda parte da turnê nacional do Matanza Ritual. Existem planos para estendê-la pra o ano que vem?5-

Ano que vem muita coisa vai rolar, e nossos próximos planos envolvem mais a finalização do nosso primeiro disco de autorais juntos... Mais datas, por enquanto vão ficar mais pra frente. O tempo e a demanda que vão ditar.

O Korzus lançou a música "You Can't Stop Me" e animou os fãs que querem material novo da banda. Quais são os planos para essa banda?

No Korzus temos planos de preparar mais um single que irá introduzir um álbum... Está na cozinha... Vamos ver o que vem por aí.

E o Lockdown (projeto que reúne nomes importantes, entre eles João Gordo, dos Ratos de Porão)? Terá continuidade, mesmo com João Gordo se desdobrando em vários projetos?


Eu gostei muito de fazer o Lockdown. Adoro death metal e sei que dá para dar vazão à muita coisa ainda através desse projeto... Certamente quero continuar. Quanto à continuação da participação de todos os envolvidos, só vou conseguir saber quando a coisa for acontecer né... Afinal, são muitas agendas e coisas pra conciliar. Vontade, eu tenho.


 

 

 

  

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