- Um governo que se recusou a comprar vacinas em meio à pior pandemia da história da humanidade nos últimos 200 anos;
- Um parlamento que não tem a menor vergonha de atuar contra a sociedade em busca de garantir privilégios e benefícios a deputados federais governistas ao atuar para limitar as possibilidades de atuação de oposicionistas;
- O mesmo parlamento atua para acabar com qualquer tipo de licenciamento ambiental, atuando para estimular a destruição de meio ambiente e facilitar a vida de empresários bandidos do agronegócio e de quadrilhas que matam índios e arrasam a floresta;
- E a existência de um "orçamento secreto" para beneficiar deputados asquerosos alinhados com o nefasto e incompetente presidente da República?
Diante da farta produção de notícias negativas, como escolher o realmente bom combate? São tantas frentes que fica quase inviável estabelecer uma estratégia para defender a democracia.
Enquanto a CPI da Pandemia no Senado se esforça para desmontar a farsa que é o governo federal em sua atual genocida na luta contra o vírus, o entorno da destruição e da depredação corre para acelerar a erosão das instituições democráticas e permitir que bandidos de todas as estirpes, entre eles milicianos, se apropriem da vida cotidiana.
Material farto para produzir arte contra o fascismo e o autoritarismo que incentivam a corrupção, mas como acompanhar a avalanche de notícias ruins e de ataques à imprensa e a qualquer tipo de liberdade democrática?
Não bastam apenas notas de repúdio ou "manifestos" anódinos e inúteis. E canções e eventos literários parecem não ser suficientes para qualquer tipo de mobilização contra a destruição da democracia e o aparelhamento do Estado por todo o tipo de bandidos.
O fato de termos de depender de políticos execráveis como o senador Renan Calheiros (MDB-AL) na linha de frente do combate ao bolsonarismo fascista mostra o tamanho da encrenca em que a sociedade brasileira está metida.
Diante da pasmaceira, é pedir demais que a revolução comece no rock ou as artes. A pandemia invencível não permite que vislumbremos perspectivas, mas alguma coisa tem de acontecer para que possamos ter algum tipo de esperança em mudanças antes que tenhamos de encarar as urnas em 2022.
O país não aguenta esperar. Nós não podemos esperar.
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