O Mordred liberou a primeira amostra do álbum novo que será lançado no início do segundo semestre deste ano. A música “Demonic #7” foi liberada para audição e ganhou um lyric video caprichado que foi produzido pelo artista gráfico Andy Pilkington.
O disco “The Dark Parade”, cuja capa acompanha este texto, será lançado oficialmente no dia 23 de julho, mas já está em período de pré-venda em diversos formatos.
Será o primeiro álbum completo de estúdio da veterana banda da Bay Area de São Francisco desde “The Next Room”, de 1994, rompendo assim um hiato de 27 anos sem trabalhos deste porte.
“The Dark Parade” contará com oito faixas, sendo que “Demonic #7” é a primeira da lista. A música conta com participação especial de Christian Powell (Othello’s Revenge), que toca guitarra e contribuiu com a letra da faixa.
O lançamento do álbum “The Dark Parade” virá pouco mais de um ano depois do Mordred lançar o bom EP “Volition”, que chegou aos fãs em junho de 2020 e que já havia representado o rompimento de um hiato de 26 anos sem qualquer tipo de discos de inéditas.
Na ocasião, a banda lançou o EP com quatro músicas que trouxeram novamente o Mordred aos holofotes do heavy metal com a marca de funk metal e thrash metal que fizeram o grupo ficar conhecido mundialmente na virada dos Anos 80 para os Anos 90.
Para ajudar na divulgação do EP, o Mordred lançou clipes bacanas, com o das músicas “Love Of Money” e “Not for You”, que foi a faixa de trabalho inicial do EP.
Estranhamente, o Roque Reverso foi um dos poucos veículos brasileiros a noticiar a volta do Mordred aos holofotes da música pesada.
Para quem não conhece a banda, ela surgiu em São Francisco em 1984, quando o thrash metal explodia no seu reduto de nascimento com nomes do calibre de Metallica, Testament, Exodus e Death Angel.
O primeiro álbum da banda foi “Fool’s Game”, de 1989, que gerou como principal hit a música “Every Day’s a Holiday“. Sucesso com clipe na MTV, a canção ajudou a mostrar elementos de funk metal num disco que era mais dominado ainda pelo thrash metal.
Para muitos, porém, o grupo já trazia um som muitas vezes inclassificável, tamanha a mistura de sons. Era um autêntico crossover, ora com elementos do thrash ora com as pitadas de funk metal, num momento no qual o Red Hot Chilly Peppers e o Faith No More começavam a ganhar maior fama com o estilo que marcariam essas bandas gigantes para sempre.
Foi, no entanto, com o álbum “In This Life”, de 1991, que o Mordred estourou entre os headbangers e ganhou visibilidade mundial. Com um sucesso gigante da música “Falling Away”, que tinha clipe que rolava nos programas de metal das MTVs do mundo inteiro, a banda deixou seu nome marcado, a ponto de o disco ter recebido cinco estrelas da respeitada revista Kerrang.
A música “Falling Away” é item obrigatório na estante daquele headbanger que gosta de peso e balanço. Com scratches matadores e uma melodia que fica na mente por dias, a canção traz elementos que só seriam estabelecidos no funk metal e também no rap metal muitos anos depois, mostrando que o Mordred estava à frente de seu tempo.
Danny White e James Sanguinetti (guitarras), além de Scott Holderby (vocal), Art Liboon (baixo) e Gannon Hall (bateria), com Aaron Vaughn (o DJ Pause) nos scratches e teclados, são os membros que estiveram no “Falling Away” e podem ser considerados a formação clássica da banda.
Depois do lançamento do EP “Vision”, de 1992, e do álbum “The Next Room”, de 1994, que não tiveram o mesmo impacto dos trabalhos anteriores, o Mordred chegou a terminar em 1995 sem explodir além do underground, diferente do que seria visto com o Red Hot e com o Faith No More.
Após algumas reuniões esporádicas entre 2001 e 2012, o grupo retornou à ativa em 2013, incluindo cinco dos membros originais do álbum “In This Life” (menos o baterista Gannon Hall, que foi substituído por Jeff Gomes). Após seis anos e com algumas alternâncias até na formação, um fato importante para a consolidação do grupo foi a volta do guitarrista Danny White para a Califórnia.
Se antes, as viagens longas dele Nova York para o outro lado dos Estados Unidos geravam obstáculo para reuniões mais regulares, o retorno de White para a Bay Area fez com que a banda conseguisse ter faixas suficientes para novos trabalhos de estúdio.
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